Intelligent Cities - Cidades Inovadoras e Competitivas para o Desenvolvimento Sustentável
O projecto Intelligent Cities, promovido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, é apoiado pelo Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III C – Sul.
Objectivos:
O projecto Intelligent Cities tem como objectivo essencial a preparação de uma estratégia para uma política de cidades (no conceito de “city region”) numa lógica de cooperação inter-regional, a ser testada em Portugal; em simultâneo com a definição de um dos seus instrumentos de intervenção específicos centrados no conhecimento – o "innovation hub". Um "innovation hub" traduz-se num espaço de excelência onde a ciência, a tecnologia e a inovação são colocados ao serviço da revitalização e desenvolvimento urbano sustentável das cidades.
Actividades:
As actividades integradas no projecto abrangem as seguintes áreas:
- Análise de “Boas Práticas” de Intervenções Urbanas Internacionais, Europeias e Nacionais: Pretendem identificar-se “boas práticas” a nível internacional, europeu e nacional no que concerne a recomendações e opções políticas ou intervenções urbanas inovadoras. Neste sentido, esta actividade integra a análise das recomendações internacionais e comunitárias em matéria de política de cidades e desenvolvimento regional; as opções nacionais em termos de desenvolvimento económico e espacial; assim como casos interessantes ao nível político ou operacional inovadores de âmbito internacional, europeu ou nacional.
- Definição de uma Estratégia Nacional para uma Política de Cidades: Pretende-se definir uma estratégia nacional para uma política de cidades a testar em Portugal, numa lógica de cooperação inter-regional, no sentido de uma estratégia de desenvolvimento das cidades como habitats de inovação, aprendizagem, criatividade e conhecimento. Neste âmbito será de tomar em consideração diversos temas críticos à escala urbana, regional e global, a saber: planeamento estratégico da cidade; partenariado/contratualização público-privada; marketing territorial; princípio da sustentabilidade; valorização das cidades médias; redes de cidades; integração territorial das cidades nas regiões envolventes, entre outros.
- Definição de um Instrumento de Suporte à Política de Cidades – Innovation Hub: Contempla a definição de um conceito de ‘innovation hub’ enquanto um dos instrumentos da política de cidades onde a ciência, a tecnologia e a inovação são colocados ao serviço da revitalização e desenvolvimento urbano sustentável das cidades, como desenvolvimento e complemento das tradicionais abordagens aos “tecnopólos” ou “parques de ciência e tecnologia”. Pretende-se conceptualizar um modelo aplicado à realidade portuguesa em função das trajectórias de desenvolvimento globais, das opções de política nacionais e das oportunidades existentes no binómio território/especialização sectorial. Para tal, o ponto de partida serão casos europeus e internacionais conhecidos de onde se poderão retirar “boas práticas” como o “22@bcn” em Barcelona, o “The Digital Hub” em Dublin e o “One North” em Singapura que, apesar de realidades económica, institucional e culturalmente diferentes, apresentam traços comuns que importa explorar.
- Lançamento de Experiências Piloto: Pretendem-se lançar preliminarmente algumas experiências piloto de intervenções urbanas inovadoras coerentes com os princípios da política de cidades definida e, eventualmente, com o instrumento “innovation hub”. Deverão traduzir-se em projectos com elevado conteúdo de inovação que partam de uma base de contratualização entre as autoridades locais, a Administração Central e parcerias público-privadas pré-definidas. A título de exemplo, pode ser definida uma cidade piloto para a realização de um plano estratégico participado ou pode ser induzida a criação de uma rede de cidades com objectivos específicos. Além do mais, pode ser proposta a criação de um "innovation hub" numa cidade ou anel de cidades associado a um perfil de especialização específico numa lógica de demonstração.
Resultados:
As realizações efectivas do projecto poderão assumir um carácter material ou imaterial. Assim, em primeiro lugar, irão produzir-se diversos documentos orientadores: "Guia com Boas Práticas de Intervenções Urbanas Inovadoras", "Documento Orientador para uma Estratégia Nacional de Política de Cidades", "Código de Conduta para Processos de Participação Pública", "Metodologia de Avaliação do Capital Intelectual das Cidades", "Guia com Casos de Innovation Hubs", entre outros. As realizações da iniciativa, em segundo lugar, induzirão resultados interessantes em matéria de cooperação inter-regional, dado terem como base a troca, difusão e transferência de informação, conhecimento e "boas práticas" entre diversas regiões europeias com vista à construção de novas políticas e instrumentos de política em matéria de desenvolvimento regional e estratégia de cidades. Neste sentido, será possível induzir a criação de cidades inovadoras e competitivas capazes de se afirmarem a nível nacional e internacional, quer numa lógica de desenvolvimento das áreas metropolitanas quer de valorização da redes estratégicas de cidades médias e regiões envolventes. O impacto do projecto a longo prazo será a promoção do desenvolvimento sustentável das cidades e regiões/países com base na inovação em direcção a uma economia baseada no conhecimento, numa perspectiva de ordenamento territorial equilibrado e no contexto de uma maior coesão económica e social.
Parceiros:
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional
INTELI – Inteligência em Inovação, Centro de Inovação Fundación Metropoli (Espanha)
INTA – International Association of Urban Development (Holanda)
Universidade de Cardiff – Cardiff School of City and Regional Planning (Reino Unido)
in Inteli (IAPMEI/CEIIA)
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