As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas

Wednesday, September 19, 2018

Pretende dinamizar um projecto turístico no interior?

A Turismo Fundos lança a 2ª fase de candidaturas ao Programa de Investimento em Territórios de Baixa Densidade, com condições mais vantajosas das operações de investimento imobiliário, tendo em vista a dinamização do investimento, através da valorização económica de ativos imobiliários afetos ou a afetar a atividades do setor do turismo, bem como a promoção do desenvolvimento e sustentabilidade das economias regionais.

As operações de investimento imobiliário concretizam-se mediante:

• A aquisição, por parte de um dos Fundos de Investimento Imobiliário sob gestão da Turismo Fundos, da propriedade, direito de superfície ou outros direitos de conteúdo equivalente, sobre imóveis que preencham os requisitos enunciados no Regulamento, permitindo dotar as entidades proponentes dos meios financeiros necessários à valorização económica desses imóveis;
• A celebração com a entidade proponente de um contrato de arrendamento com opção de compra, simultaneamente com a aquisição do imóvel.
São enquadráveis os investimentos em obras de adaptação, ampliação e/ou requalificação dos imóveis adquiridos.

Para mais informações, contacte-nos através do email info@novospovoadores.pt ou pelo nr telefone +351 271 82 80 82

Thursday, September 13, 2018

A ruralidade tem futuro?




O passado já passou. Vivemos um presente cheio de dificuldades.

Para quê?
Qual o futuro que desejamos para o mundo rural?
Estará a ruralidade condenada a ser um Museu daquilo que já foi, em consonância com o pensamento dominante entre a população urbana?

Ou, pelo contrário, será capaz de responder mais depressa e melhor aos novos desafios da sustentabilidade ambiental e económica, tão desejada pela população citadina para as suas cidades?
Se sim, o que precisamos de mudar?

A PERCEPÇÃO

Falar de "ruralidade" nas cidades é quase sempre um apelo à memória.
Vezes sem conta saiem ditados rurais com associações à fome e à sobrevivência que os aldeões já esqueceram.

No campo, ruralidade é sinónimo de despovoamento, provocado pela falta de emprego.
A agricultura de minifúndio não tem sustentabilidade económica e a indústria não chegou à maioria destes territórios.

Cresce pela Europa uma nova indústria baseada em sustentabilidade ambiental e focada nas novas necessidades do mercado: alimentação bio, vestuário e decoração com recurso a desperdício e matérias primas locais.
O burel, a castanha, o mel e o azeite são bons exemplos dessa revolução industrial que vai acontecendo na ruralidade portuguesa.

Hoje, o marketing assume uma importância maior que a produção.

Não interessa produzir com "qualidade", se o resultado final não corresponde com a demanda do mercado.
O IKEA não vende os "melhores" móveis. Mas responde às necessidades de design ao preço que os seus clientes conseguem pagar.

Hoje, o factor diferenciador para o sucesso de um negócio não é o capital, a qualidade dos recursos humanos ou a tecnologia.
Reside no conhecimento do mercado.
Quem conhece o mercado vende mais e melhor. Tira proveito dessa informação para melhorar os processos produtivos e sabe quando, onde e como vai vender os seus produtos.

A ruralidade precisa destas industrias, focadas nas novas necessidades dos seus clientes.
Só assim poderá crescer, e com isso criar mais e melhor emprego.
Com isso combate o despovoamento rural.

Por Frederico Lucas