As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas

Wednesday, May 31, 2006

Presidencia Aberta: Roteiro para a Inclusão e Contra a Pobreza



No âmbito da primeira presidência aberta, Cavaco Silva surpreendeu os autarcas com declarações concisas sobre as necessidades REAIS para o desenvolvimento integrado do país.
O maior responsável pela remodelação de equipamentos sociais em Portugal disse que as prioridades actuais passam pela intervenção social. Em concreto, pela inclusão social de jovens e idosos.
Por outro lado, referiu a necessidade de medidas estruturantes para a competitividade económica do interior do país.

Foi aqui que inovou: A competitividade portuguesa passa pela homogeneização do território, explorando as vantagens regionais das diferentes organizações. E, aliando intituições regionais ao vigor de outras mais competitivas, poderemos encontrar um caminho para sermos mais fortes.



Por outras palavras, o sucesso económico português passa por parcerias inter-regionais heterogéneas, permitindo a optimização de recursos humanos e financeiros. Além da partilha de conhecimentos!

A pergunta que se coloca é: Em que medida podem as Câmaras promover esses projectos, sem a utilização de MAIS recursos financeiros?

"Apimentando" um pouco mais: Que saidas profissionais pode esperar a "GERAÇÃO DO CONHECIMENTO" no INTERIOR?

Saturday, May 27, 2006

Interioridade: Vantagem ou desvantagem?



A propósito do post sobre a evolução da população de Trancoso, iniciou-se uma interessante discussão que venho retomar.
A questão que se coloca é se, nos próximos 20 anos, a "interioridade" é genericamente um factor de diferenciação positiva ou negativa!
Esta minha dúvida advém da constatação que os decisores nas médias organizações vivem cada vez mais a centenas de kilometros dos seus escritórios, convertendo as tradicionais reuniões em teleconferência ou em conferência telefónica.

Alguns dados que vale a pena revelar: O tráfego rodoviário de ligeiros nas autoestradas revela deslocações para os grandes centros entre as 18 horas de domingo e as 10 horas da manhã de segunda. Tráfego no sentido inverso entre as 18 horas de QUARTA FEIRA e as 24 horas de sexta feira. Sendo que entre quarta e quinta feira fazem o circuito inverso 50% dos automobilistas que na noite de domingo se deslocaram para os grandes centros urbanos.
O intercidades e a Rede Expresso revelam os mesmos dados...
Os empresários nacionais de grandes organizações trabalham habitualmente um a dois dias por semana apartir das suas residências. Tratando-se de empresários que têm conseguido encontrar novas oportunidades de negócio para este periodo de estagnação económica em Portugal, não creio que estejam a "dormir" nesses dias de ausência ás suas sedes profissionais.
A reflexão que estes dados nos merece é se não estamos perante uma nova tendência de êxodo urbano (seiscentas referências em lingua portuguesa) sendo as cidades do interior as beneficiárias desse êxodo.

Por outras palavras, se exemplos como o Burgo Medieval de Colleta Di Castel Bianco (na foto) não irão polvilhar o nosso território nacional.

e-Aldeia



Colleta Di Castel Bianco é um burgo medieval em Itália.
Abandonada pelos seus habitantes, que se foram deslocando para o litoral, esta aldeia foi posteriormente adquirida por um fundo imobiliário para desenvolver um conceito inovador: Aldeia Digital

O conceito é simples: Longe da confusão das grandes cidades, venha viver ou passar uns dias a uma aldeia que está ligada ao mundo. Isto significa que este burgo medieval tem assegurada ligação de banda larga de internet e televisão permitindo que decisores, gestores e criativos possam teletrabalhar para as suas organizações a partir de um lugar com características deslumbrantes.

Estando o nosso país repleto de aldeias abandonadas, com acesso à banda larga, este conceito tem todas as condições para se propagar em Portugal.

Tuesday, May 16, 2006

O Espírito da Descoberta

Terminou hoje o 1º Evento da Fundação para as Artes, Ciências e Tecnologias – Observatório – “O Espírito da Descoberta”, que teve lugar na cidade de Trancoso. Contou com a presença de personalidades das mais variadas disciplinas e de diferentes países, tais como: EUA, Hungria, Itália, Holanda, Polónia, Inglaterra, Suíça, Portugal e Brasil.

Entre estes os oradores, estiveram René Berger, Joseph Brenner, Gonçalo Furtado, Alex Adriaaseen, Roy Ascott, Marcos Novak, Gyorgy Darvas, Giorgio Alberti e António Cerveira Pinto

Para além das conferências, tiveram ainda lugar três exposições de importância internacional: Dove Bradshaw de Nova Iorque, cujos trabalhos integram os acervos de Metropolitan Museum MOMA Whitney entre outros; Monika Weiss, nascida na Polónia, celebre artista, actualmente professora na Universidade de Washington; Francesco Mariotti, Suíço, cujos trabalhos têm estado presentes em eventos como bienal de Veneza, Documenta de Kassel, Bienal de São Paulo entre outros, há mais de 40 anos...


Nessa ocasião foi ainda apresentado o projecto de arquitectura do Museu do Design do Tempo, da autoria do Arqº Emanuel Dimas de Melo Pimenta
A planteia foi preenchida por artistas, filósofos e cientistas.

Estas iniciativas surgem na continuidade da constituição da Fundação para as Artes, Ciências e Tecnologias – Observatório, em Dezembro 2005, entre a Câmara Municipal de Trancoso e o Arqº Emanuel Dimas Melo Pimenta. O objectivo desta fundação é o de tornar Trancoso num centro planetário para a reflexão sobre artes, descobertas cientificas e filosofia.












Viagem a Lisboa

Estive na passada semana em Lisboa para realizar um conjunto de reuniões.
A primeira surpresa é que a conversa com a Presidente da empresa foi por video-conferência porque está a viver em Serpa.
Depois, para os vários interlocutores a preocupação era em saber como é que poderiam fazer como eu, isto é, trabalhar nas suas organizações apartir da sua terra no interior do país...

Quando sai de uma reunião, estive 30 minutos para andar 5 kms. Depois disso tive uma operação stop onde fiquei retido 10 minutos. A seguir, já na IC 19, fui o primeiro carro a livrar-se de um choque em cadeia que envolveu 10 viaturas.

Para quê palavras! É o resultado de um mau planeamento naquela terra mal frequentada...