As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas

Friday, June 29, 2007

Sexta é um excelente dia para o pecado e arrependimento!

Hummm ... Sexta-feira, 19h e a rubrica "Não saia do seu lugar (6ª Feira)" ainda não foi publicada?

Vou-me adiantar ao Frederico, espero que gostem da música e que o Frederico não se chatei =)

Não tem video clip, mas a verdadeira música para captar atenção, dispensa os videos e esta música é para ouvir com os olhos fechados ... experimentem!

Para todos os pecadores!

Wednesday, June 27, 2007

Ota

O coordenador do estudo sobre o ordenamento do futuro aeroporto da OTA, Augusto Mateus, afirmou que Alcochete seria uma solução mais flexível para a construção do futuro aeroporto.
Numa entrevista publicada no “Semanário Económico”, o antigo ministro socialista da Economia disse que a carreira de tiro de Alcochete "pode vir a ser estudada", justificando que "tem dimensão mais do que suficiente para se fazer algo mais flexível (comparando com a Ota)" e "onde eventualmente poderá ser possível oferecer, antes de 2017, uma primeira alternativa".

Augusto Mateus, que está a coordenar um estudo sobre o ordenamento das actividades na envolvente do novo aeroporto de Lisboa, considerou "redutora" a decisão do Governo de só ter estudado a localização da futura infra-estrutura na Ota e em Rio Frio.

"Outras potenciais localizações, algumas de utilização militar, não foram estudadas e podem sê-lo facilmente. Podemos vir a descobrir que temos uma localização melhor que a Ota, que pode custar menos dinheiro, que permite fazer uma coisa mais flexível, faseada, com mais oportunidades de expansão em caso de sucesso total", salientou.

Augusto Mateus sublinhou que um estudo sobre novas localizações “não demoraria um ano”, ao contrário do que o Governo tem referido.

O antigo ministro esclareceu que a localização na Ota "tem um conjunto de limitações dimensionais" apesar de ser "possível fazer na Ota um bom aeroporto, mas com muitas limitações, repetiu.

"Não há milagres. A orografia e o desordenamento não ajudam, é o eixo mais congestionado, próximo das empresas e das pessoas", acrescentou.

Ainda sobre a continuidade na elaboração de estudos sobre possíveis localizações do aeroporto, Augusto Mateus disse que a nível político as pessoas estão "muito mais abertas do que demonstram publicamente no funcionamento das instituições".

Sobre o trabalho que está a fazer, o coordenador disse que "gostaria de estar a fazer um trabalho com dois ou três locais alternativos, para poder apresentar os aspectos mais positivos e negativos do ponto de vista do desenvolvimento económico e social e das opções de ordenamento do território".

in Rádio Renascença

Tuesday, June 26, 2007

Biomassa

O BCSD Portugal com o patrocínio da Sonae Indústria, lançou a versão portuguesa da Publicação Biomassa do WBCSD.

A Biomassa, a mais antiga forma de energia renovável, tem sido utilizada desde há milhares de anos.

Contudo, a sua taxa de utilização relativa decresceu com o aumento da utilização de combustíveis fósseis. Actualmente, cerca de
13% do abastecimento mundial de energia primária é garantido pela biomassa, mas existem grandes diferenças regionais: nos países desenvolvidos cerca de 3% das suas necessidades energéticas são garantidas pela biomassa, enquanto que no continente africano a taxa varia entre os 70-90%.

Com o crescente protagonismo dos efeitos ambientais, tais como as alterações climáticas, por todo o lado o Homem está a redescobrir as vantagens da biomassa:

  • A redução das emissões de carbono, se geridas (durante a produção, transporte e utilização) de forma sustentável;
  • O aumento da segurança energética pela diversificação das fontes de energia e utilização de fontes locais;
  • A criação de proveitos adicionais para os sectores agrícola e florestal;
  • A redução de resíduos.

Portugal e o futuro: um compromisso hoje

A apresentação em livro das reflexões do movimento "Compromisso Portugal" suscita, em vésperas de início de mais uma Presidência Portuguesa da União Europeia, algumas breves reflexões sobre a dimensão duma abordagem que mais do que nunca hoje deve ser feita sobre os desafios do nosso país num futuro global cada vez mais incerto.

Discutir e avaliar hoje a dimensão estrutural do que deve ser Portugal e o Futuro é de forma clara antecipar com sentido de realismo um conjunto de compromissos que teremos que ser capazes de fazer para garantir o papel do nosso país num quadro competitivo complexo mas ao mesmo tempo altamente desafiante.

Há dez anos a Irlanda e a Finlândia, cada qual na sua identidade operacional, colhiam os primeiros resultados duma "Aposta Estratégica Transversal da Sociedade" para os paradigmas da Educação, Inovação e Conhecimento. Não basta – e nem é, aliás, a opção mais adequada – reiterar estes exemplos , e fazer dum exercício administrativo de benchmarketização do sucesso destes casos a mais natural matriz de opção estratégica para o nosso país. Realidades diferentes, com actores e envolventes diferentes, implicam naturalmente lógicas de actuação diferentes e no nosso caso isso é mais do que óbvio. O exercício, mais complexo, passa naturalmente, por uma "leitura" mais completa das variáveis em jogo e por uma verdadeira "estratégia intelectual" para o país.

Compromisso Escola

A Educação tem que ser a grande "ideia" para o país. Na "Escola Nova" de que o país precisa, tem que se ser capaz de dotar as "novas gerações" com os instrumentos de qualificação estratégica do futuro. Aliar ao domínio por excelência da Tecnologia e das Línguas a Capacidade de com Criatividade e Qualificação conseguir continuar a manter uma "linha comportamental de justiça social e ética moral" como bem expressou recentemente Ralph Darhendorf em Oxford.

Tem que se ser capaz de desde o início incutir nos jovens uma capacidade endógena de "reacção empreendedora" perante os desafios de mudança suscitados pela "sociedade em rede"; os instrumentos de modernidade protagonizados pelas TIC são essenciais para se desenvolverem mecanismos autosustentados de adaptação permanente às diferentes solicitações que a globalização das ideias e dos negócios impõe. Esta nova dimensão da educação configura desta forma uma abordagem proactiva da sociedade abordar a sua própria evolução de sustentabilidade estratégica.

Compromisso Empresa

Os "Centros de Competência" do país (Empresas, Universidades, Centros de I&D) têm que ser "orientados" para o valor. O seu objectivo tem que ser o de induzir de forma efectiva a criação, produção e sobretudo comercialização nos circuitos internacionais de produtos e serviços com "valor" acrescentado susceptíveis de endogeneizar "massa crítica" no país. Só assim a lição de Porter entra em acção. A "internalização" e adopção por parte dos "actores do conhecimento" de práticas sustentadas de racionalização económica, aposta na criatividade produtiva e sustentação duma "plataforma de valor" com elevados graus de permanência é decisiva.

Só assim se pode legitimar uma expectativa positiva mais do que pretendida de sustentabilidade de um modelo de desenvolvimento económico e social orientado para o futuro. Todos aqueles que estão envolvidos num processo sustentado de criação e consolidação de "valor" nas organizações a que pertencem têm que fazer desse desiderato a base motivacional permanente do seu contributo enquanto protagonistas activos num Sistema Nacional de Inovação e Conhecimento que se pretende objecto de um processo de reinvenção permanente.

Compromisso Território

A "Cooperação" estratégica entre sectores, regiões, áreas de conhecimento, campos de tecnologia, não pode parar. Vivemos a era da Cooperação em Competição e os alicerces da "vantagem competitiva" passam por este caminho. Sob pena de se alienar o "capital intelectual" de construção social de valor de que tanto nos fala Anthony Giddens neste tempo de (re)construção. Na economia global das nações, os "actores do conhecimento" têm que internalizar e desenvolver de forma efectiva práticas de articulação operativa permanente, sob pena de verem desagregada qualquer possibilidade concreta e efectiva de inserção nas redes onde se desenrolam os projectos de cariz estratégico estruturante.

Importa uma "estratégia intelectual" para Portugal. A desertificação do interior, a incapacidade das cidades médias de protagonizarem uma atitude de catalisação de mudança, de fixação de competências, de atracção de investimento empresarial, são realidades marcantes que confirmam a ausência duma lógica estratégica consistente. Não se pode conceber uma aposta na competitividade estratégica do país sem entender e atender à coesão territorial, sendo por isso decisivo o sentido das efectivas apostas de desenvolvimento regional de consolidação de "clusters de conhecimento" sustentados.

Compromisso Estado

A Reinvenção Estratégica do Estado, enquanto "plataforma de centralidade" onde convergem as dinâmicas de qualificação dos diferentes actores sociais, ganhou hoje um paradigma que não se pode cingir às especificações operativas de mecanismos mais ou menos necessários de Governo Electrónico ou de ajustamentos organizacionais adequados a determinados posicionamentos conjunturais de orgânica interna. Como muito bem nos elucida Samuel Hungtinton, a propósito do eventual choque de civilizações, o que está em causa é a capacidade endógena do Estado se autoreferenciar como o primeiro antes de mais e último antes de tudo centro de racionalidade dos processos sustentados de evolução da sociedade civil.

Esta cumplicidade estratégica é essencial para a garantia de padrões coerentes de desenvolvimento e equilibrio social. Nas sábias palavras de Francis Fukuyama, a propósito da Nova América, só assim se garante a verdadeira dimensão de confiança entre todos os que acreditam no futuro. É neste sentido que a legitimidade de actuação e sustentação estratégica se torna central. Processos de compromisso e convergência entre uma base central forte e pontos de descentralização territorial autónomos e indutores de riqueza e bem-estar social a partir da inovação e conhecimento têm que ter por base uma forte relação de cumplicidade estratégica entre todos os actores do tecido social. Um compromisso sério entre uma capacidade natural de mobilizar e empreender e ao mesmo tempo uma vontade de tornar os processos estáveis nos resultados que potenciam.

O papel das pessoas é decisivo. São cada vez mais necessários "actores do conhecimento" capazes de induzir dinâmicas de diferenciação qualitativa nos territórios. Capazes de conciliar uma necessária boa coordenação das opções centrais com as capacidades de criatividade local. Capazes de dar sentido à "vantagem competitiva" de Portugal, numa sociedade que se pretende em rede.

in Jornal de Negócios, Jaime Quesado

Sunday, June 24, 2007

Vive-se pior em Lisboa


A capital portuguesa perdeu competitividade e qualidade de vida. Agora fazem-se planos para o futuro

Lisboa está altamente desconfortável. É um lugar onde não é bom viver”. É nestes termos que António Fonseca Ferreira, natural de Trancoso, mas residente há muito na capital, se refere à principal cidade portuguesa.

Muitos lisboetas pensam o mesmo. A diferença é que este preside à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Para Fonseca Ferreira, uma das coisas mais urgentes é resolver os problemas da mobilidade, do estacionamento e do trânsito no centro da cidade. Nem que tenha de colocar portagens às portas da capital...

Não menos importante é inverter o processo de despovoamento do centro e fuga para os subúrbios. Está convencido de que Lisboa atingiu o ponto mais baixo em termos populacionais. A situação é tão má que “a partir daqui só tem que melhorar”.

A poluição atmosférica na Avenida da Liberdade acentuou-se de forma dramática. Segundo as normas europeias, só em 35 dias por ano seria tolerada a ultrapassagem do nível máximo de partículas e outros poluentes. Na prática esse limite foi ultrapassado em 170 dias. Ou seja, em metade do ano esteve em perigo a saúde pública.

Fonseca Ferreira acaba de apresentar um estudo da Comissão, intitulado ‘Lisboa 2020 - Uma Estratégia de Lisboa para a Região de Lisboa’. Este trabalho levanta outro problema, talvez o mais grave: “Esta região anda a ser desgovernada por cerca de 50 entidades diferentes”. Por isso vai propor a criação de um Fórum Metropolitano, que assegure boa comunicação entre todos os organismos de decisão.

Mais uma entidade a juntar às outras 50? Fonseca Ferreira garante que não. “Seria uma entidade de articulação entre a Comissão, a Junta Metropolitana, as administrações, as empresas e as universidades”.

Explicações à parte, o que é mesmo necessário é que em 2020 a região de Lisboa seja relevante em termos europeus. Coisa que “hoje ainda não é”.

A única excepção é o turismo. As zonas de Setúbal e do Oeste têm aprovadas e em construção 50 mil camas. “Nos próximos dois anos vamos ter um grande desenvolvimento no turismo residencial”. Isso inclui alguns empreendimentos com a chancela governamental de Projectos de Interesse Nacional. Há quem veja nesta figura uma ingerência do poder central na gestão autárquica, Questionado sobre o assunto, Fonseca Ferreira discorda desta crítica.

Também responde negativamente à hipótese de o aeroporto da Ota acentuar os desequilíbrios territoriais da região. Isto quando no documento agora apresentado se volta a falar de Lisboa como cidade de duas margens.

“A margem sul não é um deserto, mas a verdade é que a Portela influencia seis milhões de pessoas, das quais 4,9 estão na margem norte”. Confessa-se um adepto da opção Ota.

Mas para evitar maiores desequilíbrios numa região rasgada a meio pelo estuário do Tejo, para compensar a construção de um aeroporto a norte, defende a transferência de algumas valências para a margem sul. “Queremos dinamizar um pólo de competitividade automóvel (em Palmela), turismo de qualidade (Tróia), logística (Poceirão) e urbanismo (no arco ribeirinho de Cacilhas, Seixal e Barreiro)”. Quando se construir a terceira ponte no estuário do Tejo “então ficaremos servidos para 40 ou 50 anos”. Eventualmente, poder-se-ia fazer uma ligação entre o Terreiro do Paço e Cacilhas em túnel, unindo os sistemas de metropolitano das duas margens. “É um problema de custo/benefício a estudar”.


Vítor Andrade, EXPRESSO

Tuesday, June 19, 2007

Centros Urbanos

A civilidade está intrinsecamente ligada à cidade. A polis grega designava tanto a forma urbis como o modelo de relacionamento social apropriado ao lugar. A notoriedade das cidades condiciona a aspiração das suas instituições e a qualidade de vida dos seus habitantes.
As cidades antigas costumam ser densas e apresentar alguma regularidade tipológica, traduzindo na malha a hierarquia espacial das funções que lhe estavam cometidas (câmara, tribunal, cadeia, mercado, igreja, escola, etc.). Com a industrialização e a concomitante liberalização dos hábitos, a pressão demográfica, o desenvolvimento dos transportes e a promoção higienista, as urbes expandiram-se para lá da muralha em ensanches mais ou menos regrados, afastando-se da utopia moderna.

(...) A cidade, consolidada ou instantânea, é simultaneamente um espaço de encontro e de irradiação que acolhe grupos humanos com distintos, por vezes conflituais, interesses. Mais do que ícones do poder vigente, as novas formas de centralidade são heterogéneas, devem etimular as trocas entre as "coroas" urbanas e fomentar a coexistência da multiplicidade cultural, que não é mais que a inscrição da cidadania, pois a conciliação e a disputa estão na génese da política.

texto completo no O Interior Francisco Paiva

Sunday, June 17, 2007

A eficiência Energética nos Edifícios

Megacidades optam por edifícios energeticamente eficientes com apoio da Fundação Bill Clinton


Durante a Cimeira do Clima das Maiores Cidades (C-40), que decorreu em Nova Iorque na semana passada, 16 cidades do mundo (entre elas Londres, Nova Iorque, Berlim, México, Roma, Banguecoque, Seul) comprometeram-se a transformar os seus velhos edifícios em edifícios mais eficientes energeticamente, com o apoio de um projecto de 5 biliões de dólares da Fundação Bill Clinton. Com este dinheiro as cidades converterão os seus edifícios ao nível do aquecimento,
arrefecimento, iluminação, de modo a poupar energia e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
As cidades emitem três quartos de todos os gases com efeito de estufa e desempenham um papel fundamental na mitigação do aquecimento global. A maioria das emissões das cidades resulta de
sistemas ineficientes de isolamento e de energia.

A eficiência energética dos edifícios é também uma área central da política da União Europeia no combate às alterações climáticas e no âmbito do Protocolo de Quioto, já que este sector contabiliza cerca de 40% do consumo total de energia na UE. A Directiva Europeia de Desempenho Energético dos Edifícios é o instrumento chave da legislação europeia no que se refere à eficiência energética no ambiente edificado.


William J. Clinton Foundation: Press release "President Clinton
announces landmark program to reduce energy use in buildings
worldwide" , (16 Maio 2007)

Wednesday, June 13, 2007

Máximas poéticas de Inovação

Fernando António Nogueira Pessoa - (13/06/1888 — 30/11/1935)
Hoje nasceu O poeta. Perguntam alguns: Tudo bem que foi um grande talento, mas que sentido faz num blogue sobre Inovação e Inclusão?
Eu respondo: Faz todo o sentido, pois Pessoa, como todos sabemos, enquanto ser era pouco interessante, a sua obra essa sim é espantosa. Esta é a mensagem que ele nos deixou, que nós devemos apostar naquilo que sabemos fazer. Assumir a nossa missão na vida, sem nos limitarmos, pois não há limites para o ser humano. Nós somos o que fazemos, a nossa obra é o que decidimos fazer com as nossas capacidades.
Se ainda têm dúvidas quanto à validade deste post, vejam estas dicas dignas de serem proferidas por Druker, Kotler:
"Não há normas. Todos os homens são excepção a uma regra que não existe".
"Tenho prazer em ser vencido quando quem me vence é a razão, seja quem for o seu procurador." - novamento a questão do erro
"O êxito está em ter êxito e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio senão o fizerem ali?"
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

No Caminho da Inclusão

Encontra-se a decorrer o Concurso de fotografia até 30 de Junho de 2007 (prorrogado de 25 para 30), promovido pelo Núcleo Desportivo e Social da Guarda, subordinado ao seguinte tema: No Caminho da Inclusão e terá 5 subtemas:
  • Terceira Idade
  • Infância e Juventude
  • Imigração e interculturalidade
  • Inclusão Digital
  • Desporto

Para os interessados em participar, fica o site onde podem obter mais informações.

Tuesday, June 12, 2007

Errar = Sucesso

Muita gente pensa que a inovação é um reduto, disponível a um número reduzido de iluminados. O cerne da inovação, não está na genialidade, mas sim no erro.

Inovar implica muito trabalho e não ter medo de errar, que é algo que afecta a nossa cultura.

É a velha história da pessoa que tem de atravessar um lago gelado, o perdedor vai devagar e quando o seu peso quebra o gelo, ele insulta, ele pragueja e amaldiçoa a sua sorte, não saindo do buraco. O vencedor leva o material possível para atenuar as probabiliades de queda. Se o gelo quebrar, levanta-se rápidamente e procura entender porque caiu, elaborando novos métodos que evitem um erro da mesma natureza - mas estápreparado para errar.

Errar não é vergonha, os grandes erram, vejam a Apple, errou muitas vezes no caminho do sucesso e não procura esconder isso:


Quando errar sorria, pois está um passo mais perto da perfeição, este é o espírito do verdadeiro inovador.

Palavras dos outros - pense como os grandes:

"O fracasso é um tempero indispensável ao êxito." - Truman Capote

"Fracassos, para mentes heróicas, são os degraus do sucesso." - Thomas Chandler Haliburton

"Cada fracasso ensina ao homem algo que necessitava aprender" - Charles Dickens

"Se a sua vida é isenta de fracassos, então você não está assumindo os riscos necessários" - Lewis H. Brown

Monday, June 11, 2007

Gestão do conhecimento no parlamento finlandês



O Parlamento da Finlândia implementou recentemente um sistema de gestão do conhecimento e para o efeito definiu qual era o papel do deputado na sociedade do conhecimento.

Neste documento, «Developing and Implementing Knowledege Management in the Parliament of Finland», estão definidas as competências de conhecimento de um deputado, a sua missão de conhecimento para com a sociedade e a metodologia que deve desenvolver para implementá-la.

Os finlandeses praticam o que pregam.

in Capital Intelectual

Saturday, June 09, 2007

A explosão suburbana


Uma praga alastra das áreas metropolitanas ao conjunto do território português: a doença suburbana

Durante décadas, sempre que se falava em crescimento de subúrbios, pensava-se automaticamente nas periferias de Lisboa e do Porto. Nos últimos anos, o fenómeno ganhou uma nova dimensão. Agora, quase todas as capitais de distrito se despovoam, pelo menos no que às áreas centrais diz respeito, alastrando à sua volta e ‘invadindo’ os concelhos vizinhos, como uma espécie de mancha de óleo de aglomerações-satélites (a infografia que acompanha este texto é ilustrativa desta nova tendência). Ou seja, o mecanismo de transferência de população entre o interior e o litoral referido na edição da semana passada é muito mais complexo do que parece. O interior despovoa-se, mas não são necessariamente as cidades litorais seculares que crescem. Isso acontece - e de uma forma que só encontra analogia no alastramento de uma epidemia - nas zonas suburbanas. Entretanto, políticas desgarradas e de vistas curtas persistem em retirar equipamentos das cidades em vias de despovoamento (veja-se, na pág. 35, o exemplo da projectada transferência do Instituto Português de Oncologia de Lisboa para Oeiras) ou encaram o fecho de maternidades, postos de polícia ou serviços regionais numa lógica de gestão pontual, à margem de qualquer visão de conjunto do equilíbrio do território.

Do ponto de vista urbanístico, estas novas zonas habitacionais periféricas são desastrosas: poucos espaços livres, construção em altura de baixa qualidade, equipamentos colectivos subdimensionados ou inexistentes. A rede de infra-estruturas, seja de transportes e comunicações seja de água, luz ou saneamento, corre atrás do prejuízo e com várias voltas de atraso. O IC19, a via rápida (só de nome) que liga Lisboa a Sintra, é um caso paradigmático: onde em 1991 circulavam 12 mil veículos por dia, passaram a andar 24 mil em 1996. Hoje, transitam dez vezes mais carros que em 1991 e circula-se cada vez pior, apesar de sucessivos e caros alargamentos e desnivelamentos. Há quem deixe o carro à beira do IC19 e faça o trajecto de e para casa a pé, para ganhar uns preciosos minutos no engarrafamento da manhã. De resto, para avaliar onde chegou o pesadelo dos subúrbios, veja as duas reportagens que acompanham este texto, referentes aos arredores do Porto e de Lisboa. É certo que a vida nestas aglomerações não tem só um lado negativo (como as reportagens também registam), e não é menos certo que aqui se produz uma parte importante da riqueza gerada no país. Mas em que condições!

Se, como se referiu no caso do IC19, há mais carros, é porque há mais gente. Prescindindo da discussão sobre a maior ou menor utilização pelos portugueses do transporte público (que será abordado numa das próximas edições destes trabalhos dedicados ao Mês das Cidades), o nível de engarrafamento do IC19 mede o grau de falhanço do planeamento do território nas últimas décadas. Sintra é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa onde se licenciaram mais fogos entre 1994 e 1998, alguns ainda por construir. Com um total de 28.375 fogos construídos nos últimos cinco anos, este concelho acolheu (imagina-se como) mais de um terço da construção do distrito de Lisboa.

O que eleva a irracionalidade aos píncaros é começar a verificar-se outro fenómeno, cujas consequências ainda não estão bem avaliadas: o abandono dos subúrbios de pior qualidade, onde estão a multiplicar-se os andares devolutos. O que não admira, se soubermos que a construção prevista nos planos directores municipais dava para albergar outro Portugal.


Luísa Schmidt e Rui Cardoso, EXPRESSO

Thursday, June 07, 2007

Desabafo


Tenho revisto nos últimos dias os programas "Prós & Contras" sobre a Ota.
Quanto mais os revejo mais fico revoltado, (o que até denunciará que sou masoquista).
Defende o PNPOT as cidades policêntricas - que discordo porque agravará as assimetrias regionais - e afastar-nos-á do modelo de cidades médias à escala ibérica.

Isto significa que na minha opinião, a melhor solução para o desenvolvimento sustentável do país seria de Portela + TANCOS, sendo que a Portela ficaria com o tráfego de passageiros (tradicional) e TANCOS com as mercadorias e com a aviação Low Cost. Esta solução custaria ao país 300 milhões de euros - custo final da remodelação do Aeroporto do Porto - isto é 5% do valor de investimento previsto, dinamizaria a linha do norte, tal como a Ota, traria tarifas concorrenciais a essa infraestrutura e promoveria a região Santarém/Abrantes.

Mas o PNPOT defende outra coisa: Cidades Policêntricas.
Neste pressuposto, seria previsivel que um dos centros fosse colocado na margem sul, "expandido a cidade de Lisboa para a região menos saturada", argumento utilizado para a actual localização da Ponte Vasco da Gama.
Mas não! O argumento utilizado para definir a actual localização da PVG, a bem do ordenamento e "contra" o ambiente, não serve para a futura localização do Aeroporto!
Mais estranho ainda é a compreensão do argumento de Mário Lino, que refere-se a uma região a 20 kms do centro de Lisboa como "deserto" o que me leva a questionar se existe melhor localização para um aeroporto do que um deserto a 20 kms do centro económico do país.
Para além disso, e quem conhece o território como reclama o autor do PNPOT, a Península de Setúbal vive problemas gravíssimos de desemprego no sector terciário. Sabendo que um aeroporto emprega, entre directos e indirectos, 15 a 25 mil pessoas, que solução melhor se vislumbra como solução?

Ou será que sou eu que não estou a compreender e os policentros têm que ser litoralcentros?
... Saberá algum dos leitores qual a dimensão da faixa litoral na nossa vizinha Espanha?!

Wednesday, June 06, 2007

Seminário: Aldeias Lar - Um futuro para o interior de Portugal

A Rede Europeia Anti-Pobreza – Portugal organiza em Beja, dia 15 de Junho, o seminário internacional “Aldeias Lar – um futuro para o interior de Portugal”. Este seminário pretende aprofundar o conhecimento sobre a desertificação das zonas do interior de Portugal.

A organização de um conjunto de “aldeias Lar” pode permitir a revitalização da actividade social e económica nas aldeias e vilas em processo de desertificação, requalificando casas devolutas. Esta medida proporciona a criação de emprego, em áreas como os serviços geriátricos e os cuidados paliativos, e aposta no turismo social dirigido a idosos portugueses e europeus.

Informações: agenda@causas.net

Living labs

video que aborda um projecto que visa democratizar o desenvolvimento.

Tuesday, June 05, 2007

A revolução das micro-algas



A empresa portuguesa Necton é uma das pioneiras mundiais na tecnologia de produção de micro-algas para o fabrico de biocombustíveis. E quer conquistar o mercado das maiores empresas nacionais emissoras de dióxido carbono (CO2)


São plantas unicelulares que se duplicam no prazo de 1 a 5 dias, sendo a sua produtividade 200 a 300 vezes superior à das plantas terrestres. Têm uma capacidade de acumulação de lípidos que pode atingir 60% a 70% do seu peso seco, um valor muito superior ao das sementes de soja (20%) e de girassol (40%). E cada tonelada produzida consome duas toneladas de CO2, isto é, 10 a 20 vezes mais do que as plantas terrestres.

As micro-algas parecem ser um autêntico ovo de Colombo, mas não existe ainda a produção em larga escala desta alternativa amiga do Ambiente, porque a tecnologia para a concretizar está ainda a dar os primeiros passos.

Monday, June 04, 2007

"Destruir a indústria local pode ser bom"



Especialista nas áreas da tecnologia e inovação, Ed Steinmuller, de 55 anos, diz que a qualificação da mão-de-obra, proporcionada pela presença de multinacionais, só tem vantagens quando o conhecimento adquirido é aplicado noutros contextos.


O medo do empreendedorismo é um obstáculo sério à inovação e, mais do que programas de incentivos, é preciso perceber porque é que temos medo de falhar, diz Ed Steinmuller. O professor da SPRU - Science and Technology Policy Research, da Universidade de Sussex, Reino Unido, esteve em Portugal e concedeu ao PÚBLICO uma entrevista onde defende que a globalização, ao destruir a indústria local, pode ajudar um país a competir num cenário mundial

Até que ponto a tecnologia é essencial para inovar?
Durante muito tempo, pensou-se que a inovação estava relacionada com a tecnologia. No entanto, pode ter a ver com mudanças numa empresa, com a forma como pensamos, ou seja, tem também uma dimensão cognitiva. Vivemos numa era em que a economia desempenha um papel dominante no discurso sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Muitas mudanças nas empresas envolvem o uso destas tecnologias e, por isso, dizemos que estão relacionadas tecnologicamente. No fundo, tem a ver com a forma como usamos o papel e a caneta ou o "laptop".
Significa, então, que para obter mais quota de mercado não é essencial usar tecnologia intensiva?
Depende do sector. Nas indústrias científicas não se pode ser competitivo internacionalmente sem a utilização profunda de conhecimento e utilização de tecnologia e ciência. Nas indústrias mais tradicionais, as mudanças organizacionais são tão ou mais importantes do que a introdução de qualquer tipo de nova tecnologia.

Os japoneses são famosos por terem melhorado a produtividade do sistema de produção sem utilizar as TIC. Aliás, fazem-no sem recorrer à electrónica. Utilizam, por exemplo, sistemas de cartões de papel. Pensa em tecnologia quando se fala num processo como este?

Não, mas se pensar, por exemplo, em empresas como a Toyota, a tecnologia é indissociável.
Sim, mas a verdade é que a Toyota tem tudo a ver com pessoas e pouco a ver com tecnologia. O que os administradores da empresa fizeram foi pensar que nunca iriam igualar os norte-americanos em termos de capacidade de investimento e equipamento para produzir em massa. Tiveram, então, de usar os recursos humanos de forma mais produtiva e estabeleceram formas de produção em que cada trabalhador faz múltiplas tarefas. Só depois chega a tecnologia.

Hoje são os fabricantes norte-americanos a imitar o sistema de produção da Toyota. Onde é que está a inovação?
Podemos mesmo dizer que copiaram a Toyota. Há uns anos escrevi um artigo com o meu colega Nathan Rosenberg chamado "Why are Americans Such Poor Imitators?" (Porque é que os americanos são tão maus imitadores), para a "American Economic Review". Concluímos que ser capaz de imitar é fundamental para o progresso tecnológico. E, imitar bem, normalmente implica uma adaptação à cultura e à tradição local.

Todos os países querem ter no seu território multinacionais que tragam a tão esperada inovação. Será mesmo obrigatório dar contrapartidas?

Os governos não têm necessariamente de oferecer vantagens e benefícios às empresas para que se instalem no seu País, mas há muitos sítios no mundo onde isso acontece. Por isso, é preciso decidir se vale a pena ou não entrar nesta competição.
Dou um exemplo: Em finais dos anos 90, houve na Costa Rica uma espécie de saldos para a instalação de unidades tecnológicas. Do género "é tudo gratuito se vierem viver connosco". Em Março de 1998, a Intel abriu duas unidades fabris e um centro de distribuição que geraram 3500 postos de trabalho. Esperava-se que houvesse actividades tecnológicas, mas a verdade é que esta é uma fábrica de trabalho intensivo e uma operação com pouca tecnologia (ou com tecnologia importada).

Os postos de trabalho criados não são um benefício suficiente?
Não, porque neste caso as expectativas não se concretizaram no que diz respeito aos efeitos indirectos.

Que efeitos são esses?
A mão-de-obra local obtém formação, não graças a um conhecimento específico, mas graças à experiência que ganha ao trabalhar num ambiente tecnológico. Essa experiência muda a visão que os trabalhadores têm da indústria e estimula-os a aplicar esses conhecimentos noutros contextos. Em alguns locais, esse conhecimento morre com as pessoas, nunca encontra terreno fértil para crescer, mas noutros torna-se na base de crescimento para novos negócios.

E porque é que nuns países o conhecimento desaparece com as pessoas?
Há dois factores. Um é o medo do empreendedorismo, que envolve riscos e o fracasso, que é visto por toda a rede social. Outro factor, prende-se com o facto de, no esforço de proporcionar igualdade, o Governo estabelecer leis específicas, restritivas, e esse ambiente pode pesar no nascimento de novas empresas.

Países como Portugal devem estimular a actividade empreendedora para sobreviver no mundo global?
Penso que é uma questão quer de reflexão individual, quer de acções governamentais. É preciso pensar: Qual é a nossa situação actual? Até que ponto queremos apostar no empreendedorismo e em novas iniciativas? Se quisermos, de facto, apoiar o nascimento de novas empresas é preciso perceber o que é que, na nossa sociedade, está a atrasar o processo.

Há culturas mais propensas a inovar?
A inovação é um processo social, envolve pessoas, linguagem, percepção e, por isso, difere de cultura para cultura. Podemos imaginar o mesmo, mas a forma como o fazemos difere e depende de uma linguagem cultural específica.

A educação tem um papel fundamental?
Sem dúvida. Haverá sempre alguém, em qualquer ponto do mundo, que se destaca e traz novas ideias. A questão é saber se tiveram a oportunidade de implementar essas ideias no seu próprio país ou se tiveram de ir para outro local.

Que papel desempenha o Estado na estimulação da inovação?
O que um Governo pode fazer é encorajar os que desafiam as normas socialmente aceites. Em qualquer sociedade há pessoas que acreditam nas suas ideias e ignoram o que os outros pensam. Essa pessoa seguirá em frente se tiver uma oportunidade. O Estado pode ter um papel a desempenhar.

Mas o empreendedorismo depende mais das pessoas e das ideias do que do Estado...
Acredito que sim. Criam-se programas e incentivos com mais frequência do que seria desejável e pensa-se que as pessoas não vão fazer nada se não tiverem um empurrão. Em vez de oferecer subsídios, devemos focar-nos nas razões que levam os indivíduos a não ter uma atitude empreendedora. O que difere uma sociedade da outra são as barreiras à mudança.

Pensa que globalização é uma ameaça à inovação?
Sem dúvida.

De que forma?
Destrói a indústria local. E se esta não existe, não há recursos para investir em inovação.

Que oportunidades podemos, então, explorar?
Destruir a indústria local pode ser uma coisa boa.

Uma coisa boa?
Sim.

Porque, assim, teremos de criar outro tipo de indústria que possa competir de forma global?
Exactamente.

Ou seja, regressamos ao mesmo tema. Temos de falhar primeiro para mudar.
O medo de falhar é um impedimento à mudança. A globalização aumenta as oportunidades de especialização. No caso concreto de Portugal, é preciso mais oportunidades para aprofundar a especialização. O futuro não passa pela competitividade salarial.

[01-06-2007] [ Ana Rute Silva, Público ]

Sunday, June 03, 2007

Patent Search

Mais uma surpresa da Google.
Com esta ferramenta é possível pesquisar as patentes nos EUA.

Numa Era em que o conhecimento é o factor diferenciador, a possibilidade de consulta a patentes semelhantes às diversas áreas de estudo é uma enorme mais valia para o conhecimento individual e colectivo.

Mais uma boa notícia das terras de Mountain View!

Saturday, June 02, 2007

Mudança

As alterações ao regime de trabalho que estão a ocorrer em todas as economias desenvolvidas, que se afastam dos conceitos tradicionais de "emprego", implicarão necessariamente alterações ao modelo de endividamento das familias, principalmente no respeitante à aquisição de habitação.
Por outras palavras, e por mais que as instituições financeiras se esforcem a provar o contrário, uma percentagem significativa da população deixará de poder adquirir a sua própria habitação nas grandes cidades, pelo menos enquanto se mantiver a actual cotação das mesmas.

Friday, June 01, 2007

Bridging the Broadband Gap



Realizou-se no passado dia 14 e 15 de Maio em Bruxelas a conferência "Bridging the Broadband Gap", cujo objectivo foi o de sensibilizar os governos regionais para a importância da cobertura de banda larga nas regiões rurais.

Entre as conclusões configura a importância dessa cobertura na "Diversificação das actvidades económicas [no meio rural] para a criação de emprego e para uma melhor utilização das tecnologias de informação, nomeadamente para a dinamização de teletrabalho e para o suporte à criação e manutenção de actividades económicas em zonas rurais"

Cat Stevens - Peace Train (live)