A economia portuguesa cresceu 0,7 por cento em termos médios entre 2000 e 2003, com a região Norte a perder peso no valor da riqueza criada, segundo as contas regionais do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgadas.
Em termos nominais, o produto interno bruto (PIB) subiu 4,3 por cento nos três anos entre 2000 e 2003, e em termos reais (ou seja, descontando a inflação) subiu 0,7 por cento.
O Norte cresceu menos do que a média, perdendo peso no conjunto da riqueza criada internamente, enquanto a Madeira, os Açores, o Algarve e o Centro registaram taxas de crescimento superiores à média. As regiões Norte e de Lisboa representam, juntas, cerca de 65 por cento do PIB português e 63 por cento do emprego total.
Rendimento disponível subiu 4,8 por cento
O rendimento disponível das famílias portuguesas melhorou 4,8 por cento entre 2000 e 2003, crescendo a um ritmo superior ao da economia, segundo as contas divulgadas pelo INE, com dados definitivos para o período 2000-2003 e preliminares para 2004.
O crescimento do rendimento disponível foi mais elevado no Algarve (6,9 por cento) e na Madeira (6,6 por cento) e mais baixo no Norte (4,1 por cento) e Centro (4,5 por cento), com estas duas últimas regiões a afastarem-se da média nacional.
Os dados do Valor Acrescentado Bruto, uma medida do valor da produção, mostra que a importância do sector primário (inclui a agricultura) baixou nesses três anos, tendo aumentado a do secundário (indústria) e terciário (serviços).
Lisboa é única região com riqueza por habitante acima da média da UE
Lisboa foi a única região do país que conseguiu ultrapassar a riqueza média gerada por habitante no conjunto da União Europeia, entre 2000 e 2004, aproximando-se dos 110 por cento, medida em paridades de poder de compra.
As contas regionais hoje divulgadas mostram que Portugal gerou nesses quatro anos uma riqueza (PIB) por habitante de 77 por cento da produzida pela União Europeia a 25 Estados-membros,.
No Norte, uma região com muitas disparidades, o PIB por habitante em paridades de poder de compra não foi além de 62 por cento da média UE, apresentando-se como a região com maior afastamento face aos parceiros comunitários.
Actividades financeiras e imobiliárias absorveram 1/3 do investimento
As actividades financeiras e imobiliárias absorveram mais de um terço (35%) do investimento português em 2003, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados.
Esta elevada percentagem deve-se sobretudo ao investimento em habitação, segundo o INE, o qual apresenta uma grande disparidade regional (é mais significativo em Lisboa e no Norte).
O segundo grupo de actividades com mais peso no investimento em Portugal foi o de “comércio, alojamento, restauração, transportes e comunicações”, com 22 por cento.
in Público
No comments:
Post a Comment