A economia portuguesa cresceu 0,7 por cento em termos médios entre 2000 e 2003, com a região Norte a perder peso no valor da riqueza criada, segundo as contas regionais do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgadas.
Em termos nominais, o produto interno bruto (PIB) subiu 4,3 por cento nos três anos entre 2000 e 2003, e em termos reais (ou seja, descontando a inflação) subiu 0,7 por cento.
O Norte cresceu menos do que a média, perdendo peso no conjunto da riqueza criada internamente, enquanto a Madeira, os Açores, o Algarve e o Centro registaram taxas de crescimento superiores à média. As regiões Norte e de Lisboa representam, juntas, cerca de 65 por cento do PIB português e 63 por cento do emprego total.
Rendimento disponível subiu 4,8 por cento
O rendimento disponível das famílias portuguesas melhorou 4,8 por cento entre 2000 e 2003, crescendo a um ritmo superior ao da economia, segundo as contas divulgadas pelo INE, com dados definitivos para o período 2000-2003 e preliminares para 2004.
O crescimento do rendimento disponível foi mais elevado no Algarve (6,9 por cento) e na Madeira (6,6 por cento) e mais baixo no Norte (4,1 por cento) e Centro (4,5 por cento), com estas duas últimas regiões a afastarem-se da média nacional.
Os dados do Valor Acrescentado Bruto, uma medida do valor da produção, mostra que a importância do sector primário (inclui a agricultura) baixou nesses três anos, tendo aumentado a do secundário (indústria) e terciário (serviços).
Lisboa é única região com riqueza por habitante acima da média da UE
Lisboa foi a única região do país que conseguiu ultrapassar a riqueza média gerada por habitante no conjunto da União Europeia, entre 2000 e 2004, aproximando-se dos 110 por cento, medida em paridades de poder de compra.
As contas regionais hoje divulgadas mostram que Portugal gerou nesses quatro anos uma riqueza (PIB) por habitante de 77 por cento da produzida pela União Europeia a 25 Estados-membros,.
No Norte, uma região com muitas disparidades, o PIB por habitante em paridades de poder de compra não foi além de 62 por cento da média UE, apresentando-se como a região com maior afastamento face aos parceiros comunitários.
Actividades financeiras e imobiliárias absorveram 1/3 do investimento
As actividades financeiras e imobiliárias absorveram mais de um terço (35%) do investimento português em 2003, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados.
Esta elevada percentagem deve-se sobretudo ao investimento em habitação, segundo o INE, o qual apresenta uma grande disparidade regional (é mais significativo em Lisboa e no Norte).
O segundo grupo de actividades com mais peso no investimento em Portugal foi o de “comércio, alojamento, restauração, transportes e comunicações”, com 22 por cento.
in Público
As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas
Tuesday, February 27, 2007
Monday, February 26, 2007
Turismo em Portugal
Visita obrigatória para quem gosta de Portugal.
A secção multimédia inclui fantásticos videos das regiões portuguesas!
Para receber as actualizações de conteúdos no site visitportugal.com, subscreva o respectivo podcast.
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Plano de promoção turística conta com 50 milhões de euros
O Plano Nacional de Promoção Externa vai contar com 50 milhões de euros já este ano, soube o DN de fonte governamental. Inserido no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), a promoção do País vai ser uma parceria público-privada, cuja cerimónia de apresentação contará hoje com a presença do ministro da Economia e Inovação. Durante o evento, serão assinados os contratos de promoção externa com as cinco agências regionais do território continental - Algarve, Alentejo, Lisboa, Centro e Porto/Norte
O Plano de Promoção tem a garantia de que nos próximos três anos contará com níveis de apoio no mínimo idênticos aos agora anunciados. Parte do dinheiro, segundo o DN apurou, será aplicado na promoção da Marca Portugal, estando o restante vinculado às regiões de turismo e à realização de eventos. Segundo as mesmas fontes, por cada euro de contribuição privada, as entidades públicas locais deverão avançar com idêntica quantia, enquanto o Turismo de Portugal deverá despender quatro euros. Segundo o Governo, as novas regras, que contemplam lógicas de "concentração e selectividade do investimento", pre- vêem igualmente "mecanismos mais exigentes de acompanhamento e avaliação" da actuação das agências regionais.
O Governo garante que o Plano de Promoção "visa sustentar a dinâmica de crescimento do turismo português registada em 2006". Tem por missão "indicar os mercados externos a contemplar prioritariamente, os produtos turísticos a privilegiar em cada região e no todo nacional e os instrumentos promo- cionais mais apropriados".
O PENT, apresentado em Janeiro de 2006, visa assegurar, no horizonte de 2015, um aumento da contribuição do turismo para o PIB, bem como incrementar o emprego qualificado. Divide-se em cinco eixos estratégicos. O primeiro, denominado "território, destinos e produtos", identifica dez pólos de atractividade, que vão desde a gastro- nomia e vinho até ao tradicional sol e mar, passando pelo turismo cultural e paisagístico, o turismo de natureza, os congressos de negócios ou o golfe. Saúde e bem-estar, turismo residência, promoção das cidades e actividades náuticas compõem o port-fólio identificado. "Marcas e mercados", "Qualificação e recursos", "Distribuição e comercialização" e "Inovação e conhecimento são os restantes eixos do PENT.
in DN, Márcio Alves Candoso
O Plano de Promoção tem a garantia de que nos próximos três anos contará com níveis de apoio no mínimo idênticos aos agora anunciados. Parte do dinheiro, segundo o DN apurou, será aplicado na promoção da Marca Portugal, estando o restante vinculado às regiões de turismo e à realização de eventos. Segundo as mesmas fontes, por cada euro de contribuição privada, as entidades públicas locais deverão avançar com idêntica quantia, enquanto o Turismo de Portugal deverá despender quatro euros. Segundo o Governo, as novas regras, que contemplam lógicas de "concentração e selectividade do investimento", pre- vêem igualmente "mecanismos mais exigentes de acompanhamento e avaliação" da actuação das agências regionais.
O Governo garante que o Plano de Promoção "visa sustentar a dinâmica de crescimento do turismo português registada em 2006". Tem por missão "indicar os mercados externos a contemplar prioritariamente, os produtos turísticos a privilegiar em cada região e no todo nacional e os instrumentos promo- cionais mais apropriados".
O PENT, apresentado em Janeiro de 2006, visa assegurar, no horizonte de 2015, um aumento da contribuição do turismo para o PIB, bem como incrementar o emprego qualificado. Divide-se em cinco eixos estratégicos. O primeiro, denominado "território, destinos e produtos", identifica dez pólos de atractividade, que vão desde a gastro- nomia e vinho até ao tradicional sol e mar, passando pelo turismo cultural e paisagístico, o turismo de natureza, os congressos de negócios ou o golfe. Saúde e bem-estar, turismo residência, promoção das cidades e actividades náuticas compõem o port-fólio identificado. "Marcas e mercados", "Qualificação e recursos", "Distribuição e comercialização" e "Inovação e conhecimento são os restantes eixos do PENT.
in DN, Márcio Alves Candoso
Saturday, February 24, 2007
"Famílias pedem à banca 58 milhões por dia"
O semanário EXPRESSO faz hoje referência ao crescimento do endividamento das familias portuguesas.
Recordo-me que nos finais dos anos 90, o aumento do endividamento das famílias era uma manchete frequente.
A dúvida surge no momento desta notícia: Como é que nos dias de hoje pode existir esse aumento de endividamento não produtivo, estando a economia numa fase letárgica?
Por outras palavras: Estaremos a "consumir" de forma sustentável? Estarão as opções de consumo/vida do passado compativeis com o actual estado económico?
Serão os subúrbios solução para a redução dos custos de vida? Qual o custo económico e em tempo dispendido com transportes para o acesso aos centros empresariais?
Onde está, em Portugal, a qualidade de vida? A que preços?
Recordo-me que nos finais dos anos 90, o aumento do endividamento das famílias era uma manchete frequente.
A dúvida surge no momento desta notícia: Como é que nos dias de hoje pode existir esse aumento de endividamento não produtivo, estando a economia numa fase letárgica?
Por outras palavras: Estaremos a "consumir" de forma sustentável? Estarão as opções de consumo/vida do passado compativeis com o actual estado económico?
Serão os subúrbios solução para a redução dos custos de vida? Qual o custo económico e em tempo dispendido com transportes para o acesso aos centros empresariais?
Onde está, em Portugal, a qualidade de vida? A que preços?
Thursday, February 22, 2007
Alfredo Sfeir-Younis
(Excerto da entrevista á revista Visão)
Onde é que Portugal vai estar em 2020?
Se decidir jogar o jogo da globalização, deixar fazer, deixar passar, vai estar numa pobreza tremenda e sem perspectivas.
Como é que pode inverter esse caminho?
Primeiro: mudar radicalmente a educação, para que não seja apenas orientada para o trabalho, mas para a identidade do País.(...)
Segundo: a saúde não pode ser só a adaptação do ser humano à toxicidade , através de medicamentos, tem que se aproveitar os grandes recursos naturais, como as termas.
Terceiro: valorizar, pagar, difundir a cultura, de forma a que os artistas tenham orgulho do que fazem e possam mostrar e ensinar o seu trabalho, e não seja apenas os economistas a receber bons salários.
Onde é que Portugal vai estar em 2020?
Se decidir jogar o jogo da globalização, deixar fazer, deixar passar, vai estar numa pobreza tremenda e sem perspectivas.
Como é que pode inverter esse caminho?
Primeiro: mudar radicalmente a educação, para que não seja apenas orientada para o trabalho, mas para a identidade do País.(...)
Segundo: a saúde não pode ser só a adaptação do ser humano à toxicidade , através de medicamentos, tem que se aproveitar os grandes recursos naturais, como as termas.
Terceiro: valorizar, pagar, difundir a cultura, de forma a que os artistas tenham orgulho do que fazem e possam mostrar e ensinar o seu trabalho, e não seja apenas os economistas a receber bons salários.
Saturday, February 17, 2007
«Intelligence» à francesa
A diferença fundamental com a abordagem norte-americana da «intelligence» competitiva resume-se numa frase: “Aos americanos falta-lhes a análise comparada, para olharem em profundidade para o contexto - histórico, cultural, civilizacional, geográfico, jurídico. Por isso, a grelha «standard» da análise concorrencial americana, que muita gente importa, falha, diz-nos Christian Harbulot, 54 anos.
Autor de várias obras sobre o tema, o fundador da Escola de Guerra Económica (uma escola de negócios centrada no tema da «intelligence») justifica assim o porquê de uma “linha” autónoma, francesa, na matéria.
Essa diferença de enfoque repercute-se, tanto na recolha de informação estratégica e na decisão de acções de influência e posicionamento no campo da internacionalização das empresas, como na diplomacia económica oficial, seja ela governamental ou, inclusive, das instituições de um dado território (região, pólo de competitividade, município) ou «cluster».
“O contexto histórico e cultural do que investigamos é peculiar a cada caso. Se olharmos às potências que se movem hoje em dia no xadrez mundial, elas não têm as mesmas raízes nem os mesmos objectivos. Uma abordagem linear e generalista não serve de grande coisa, ou pode levar a erros grosseiros”, remata o fundador da Escola, que, fazendo jus ao nome, não fica longe do «campus» da Escola Militar francesa, ao fundo do Campo de Marte, no centro de Paris.
“A análise americana falha muito na compreensão dos fenómenos assimétricos”, reforça Harbulot. Estes hoje em dia não são exclusivos do terreno geopolítico e militar, mas já há muito invadiram a área da própria ‘microeconomia’.
Não é uma dança de salão
Inesperadamente saltam para o mercado novos constrangimentos - ecológicos, bioéticos, civilizacionais - com os quais os gestores não estão habituados a lidar.
Também a emergência - não só dos BRIC como de muitos outros países outrora englobados na designação Terceiro Mundo - “é muito mal compreendida: há dificuldade em perceber como eles funcionam, e como tomar decisões”.
Inclusive, muita gente não entende que muitos grupos e multinacionais dos países emergentes, mas também de países ‘ocidentais’, actuam concertadamente com os objectivos de potência do seu próprio país.
Por isso, diz o chefe da EGE, uma escola que faz este ano dez anos: “A «intelligence» implica combate, não é propriamente uma dança de salão”. E não tem dúvidas: “Tem de se ser agressivo se se quer estar na ofensiva”. E, nesta postura, há um ingrediente fundamental: “antecipar, ser pró-activo”.
O paradoxo francês
Mas a crítica à ‘linha’ americana não significa que Harbulot esteja satisfeito com o que se passa dentro de casa: “A cultura francesa empresarial não é uma cultura de partilha. Isso é histórico entre nós. Temos poucas lógicas de cooperação e há, ainda, uma cultura de segredo nos meios patronais. Muitos decisores continuam a achar que o que é sigiloso e está escondido tem mais valor”. O que leva o fundador da Escola de Guerra Económica a ironizar: “É uma contradição bem francesa. Temos uma ferramenta de «intelligence» mais rigorosa, mas temos uma antiquada cultura patronal. Será que isso é próprio dos latinos?”.
in Expresso, Jorge Nascimento Rodrigues
Wednesday, February 14, 2007
Hamburgo é a primeira cidade europeia em 3D no Google Earth
A cidade de Hamburgo vai estar acessível em 3D na ferramenta Google Earth prometendo um nível de detalhe surpreendente nos edifícios da baixa.
Ao todo, serão mais de dois mil os edifícios que poderão ser visitados a 30 centímetros de distância virtual, naquela que será a primeira cidade europeia em 3D na conhecida ferramenta.
Ainda não existem datas para Hamburgo estar acessível online, mas sabe-se que o nível de detalhe com que serão apresentados os edifícios será surpreendente.
A escolha da cidade alemã aconteceu graças aos esforços desenvolvidos pelo município, em conjunto com iniciativa privada local, que abordou o Google no sentido de avançar com a ideia.
Actualmente, só cidades norte-americanas podem ser vistas em detalhe no Google Earth, embora na maior parte dos casos somente alguns edifícios estão acessíveis em pormenor, como é exemplo a Golden Gate em São Francisco.
As cidades europeias desenhadas em 3D não são novidade, uma vez que, por exemplo, Paris ou Florença já estão no Cybercity, no entanto, encontram-se apenas acessíveis em dvd. Hamburgo será a primeira a estar ao alcance de qualquer um que possua a ferramenta Google Earth.
in Semanário SOL
Ao todo, serão mais de dois mil os edifícios que poderão ser visitados a 30 centímetros de distância virtual, naquela que será a primeira cidade europeia em 3D na conhecida ferramenta.
Ainda não existem datas para Hamburgo estar acessível online, mas sabe-se que o nível de detalhe com que serão apresentados os edifícios será surpreendente.
A escolha da cidade alemã aconteceu graças aos esforços desenvolvidos pelo município, em conjunto com iniciativa privada local, que abordou o Google no sentido de avançar com a ideia.
Actualmente, só cidades norte-americanas podem ser vistas em detalhe no Google Earth, embora na maior parte dos casos somente alguns edifícios estão acessíveis em pormenor, como é exemplo a Golden Gate em São Francisco.
As cidades europeias desenhadas em 3D não são novidade, uma vez que, por exemplo, Paris ou Florença já estão no Cybercity, no entanto, encontram-se apenas acessíveis em dvd. Hamburgo será a primeira a estar ao alcance de qualquer um que possua a ferramenta Google Earth.
in Semanário SOL
Tuesday, February 13, 2007
António Borges critica projectos como Ota e TGV
O economista António Borges criticou quinta-feira à noite a vontade do Governo em construir o aeroporto da Ota e o comboio de alta velocidade TGV.
Perante centena e meia de pessoas, no jantar- conferência da Liga de Amigos da Casa Museu João Soares, em Leiria, o ex-governador do Banco de Portugal, advertiu que «é preciso muito cuidado, porque quando se canaliza a energia do País para certos projectos, está-se necessariamente a descurar outros».
Para António Borges, o nosso problema fundamental «é o das empresas, da competitividade, que é onde temos de apostar e depois, se isso correr bem, então vamos às infra-estruturas».
«Os grandes projectos públicos continuam a ser identificados como sinónimo de progresso. Toda a gente gosta de ter boas estradas, comboios rápidos ou belíssimos aeroportos, mas não é isso que vai resolver os problemas das empresas, da concorrência, da manutenção dos postos de trabalho», reafirmou.
O vice-presidente do banco de investimento Goldman Sachs lembrou que «o país europeu que tem tido mais crescimento económico é a Irlanda, que praticamente não tem auto-estradas, tem um aeroporto que é uma vergonha e não tem um único comboio rápido».
O economista exemplificou também com Inglaterra, país onde vive actualmente, apontando os aeroportos da área de Londres, «onde os aeroportos são uma coisa sinistra, mas eles não constroem novos, quando muito limitam-se a ampliá-los».
Diário Digital / Lusa
Perante centena e meia de pessoas, no jantar- conferência da Liga de Amigos da Casa Museu João Soares, em Leiria, o ex-governador do Banco de Portugal, advertiu que «é preciso muito cuidado, porque quando se canaliza a energia do País para certos projectos, está-se necessariamente a descurar outros».
Para António Borges, o nosso problema fundamental «é o das empresas, da competitividade, que é onde temos de apostar e depois, se isso correr bem, então vamos às infra-estruturas».
«Os grandes projectos públicos continuam a ser identificados como sinónimo de progresso. Toda a gente gosta de ter boas estradas, comboios rápidos ou belíssimos aeroportos, mas não é isso que vai resolver os problemas das empresas, da concorrência, da manutenção dos postos de trabalho», reafirmou.
O vice-presidente do banco de investimento Goldman Sachs lembrou que «o país europeu que tem tido mais crescimento económico é a Irlanda, que praticamente não tem auto-estradas, tem um aeroporto que é uma vergonha e não tem um único comboio rápido».
O economista exemplificou também com Inglaterra, país onde vive actualmente, apontando os aeroportos da área de Londres, «onde os aeroportos são uma coisa sinistra, mas eles não constroem novos, quando muito limitam-se a ampliá-los».
Diário Digital / Lusa
Monday, February 12, 2007
Sunday, February 11, 2007
A esperança da Formação Profissional...
Não são ainda conhecidas as reacções dos parceiros sociais à proposta de reforma da formação profissional que o Governo apresentou hoje na Concertação Social. O Programa Operacional do Potencial Humano prevê mobilizar 6,1 mil milhões de euros, ou seja, 28% dos fundos estruturais da União Europeia para o período de 2007 a 2013 afectos ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
É unanimemente reconhecido o défice de trabalhadores qualificados em Portugal e a diferença de produtividade entre a média nacional e a média da União Europeia. É uma realidade esmagadora!
Sabemos também que o QREN é o último pacote de ajudas comunitárias que Portugal irá receber com o objectivo de financiar o desenvolvimento estrutural e sustentável e a competitividade.
Quem é que não tem presente o fracasso da utilização dos fundos comunitários na educação e formação, os escândalos à volta do Fundo Social Europeu e a falta de transparência e ausência de exigência na sua afectação, o descalabro dos resultados não obtidos?
Independentemente das alterações que o Governo pretende introduzir nos critérios de elegibilidade da formação a financiar e no modelo institucional da sua gestão, diria que é fundamental que a concretização do Programa Operacional do Potencial Humano, e em particular da reforma da formação profissional, se mova por critérios de resultados e não se cai de novo no esquema de "financiar" tudo e todos.
Para tal, são condições exigir responsabilidade na utilização dos fundos públicos, através por exemplo da partilha de custos entre o público e o privado, e dispor de mecanismos efectivos de controlo de resultados e de prestação de contas.
Nunca é demais lembrar os erros cometidos no passado e a necessidade e urgência de uma rigorosa e criteriosa utilização destes fundos, numa derradeira corrida contra o tempo, transformando esta última oportunidade num verdadeiro desafio nacional.
Espero para ver que garantias é que o Governo vai apresentar para assegurar a transformação do padrão de qualidade do nosso nível de educação e formação, que se apresenta hoje altamente desqualificante para Portugal.
Aqui, as políticas públicas têm uma palavra a dizer!
in Quarta República, Margarida Corrêa de Aguiar
Thursday, February 08, 2007
Portugal 2007 – o tempo da "classe criativa"
Quando se percorre o Portugal real e se contacta com os "actores" da sociedade civil, de norte a sul, do interior ao litoral, nos meios rurais, nas áreas urbanas, fica cada vez mais patente a consolidação duma classe operativa capaz de induzir dinâmicas de diferenciação qualitativa positiva que sustentam alguma esperança estratégica em relação ao futuro. Na senda dos trabalhos de Richard Florida e Irene Tinagli, trata-se duma verdadeira "classe criativa", muitas vezes oculta, mas que em diferentes plataformas de participação social vai aos poucos impondo a diferença.
Os conhecidos baixos índices de "capital estratégico" no nosso país e a ausência de mecanismos centrais de "regulação positiva" dificultam o processo de afirmação dos diferentes protagonistas da "classe criativa". Independentemente da riqueza do acto de afirmação individual da criatividade, numa sociedade do conhecimento, importa de forma clara "pôr em rede" os diferentes actores e dimensioná-los à escala duma participação global imperativa nos nossos tempos. Apesar dos resultados de iniciativas como as "Cidades e Regiões Digitais", vocacionadas para posicionar o território no competitivo campeonato da inovação e conhecimento, falta uma estratégia transversal.
A sociedade civil tem nesta matéria um papel central. A "classe criativa", na sua diferença e no seu sucesso, é o resultado dum "tecido social" que se pretende voltado para um futuro permanente. Os índices de absorção positiva por parte da sociedade dos contributos inovadores da "classe criativa" passam muito pela estabilização de condições estruturais essenciais. Entre muitas, destacaríamos as seguintes:
1. Cultura empreendedora – A matriz comportamental da "população socialmente activa" do nosso país é avessa ao risco, à aposta na inovação e à partilha de uma cultura de dinâmica positiva. Ou seja. Dificilmente se conseguirá impor por decreto uma "revolução empreendedora" e mesmo o aumento do desemprego, por força da desindustrialização e emagrecimento dos Serviços Públicos / Privados poderá não ser suficiente para suscitar uma "auto-reacção" das pessoas.
2. Cultura do rigor – A falta de rigor e organização nos processos e nas decisões, sem respeito pelos factores "tempo" e "qualidade" já não é tolerável nos novos tempos globais. Não se poderá a pretexto de uma "lógica secular latina" mais admitir o não cumprimento dos horários, dos cronogramas e dos objectivos. Não cumprir este paradigma é sinónimo de ineficácia e de incapacidade estrutural de poder vir a ser melhor.
3. Cultura de cooperação – A ausência da prática de uma "cultura de cooperação" tem-se revelado mortífera para a sobrevivência das organizações. Na Sociedade do Conhecimento sobrevive quem consegue ter escala e participar, com valor, nas grandes Redes de Decisão. Num país pequeno, as Empresas, as Universidades, os Centros de Competência Políticos têm que protagonizar uma lógica de "cooperação positiva em competição" para evitar o desaparecimento. Querer cultivar a pequenez e aumentá-la numa envolvente já de si pequena é firmar um atestado de incapacidade e de falta de crença no futuro.
4. Cultura de ambição – É doentia a incapacidade em definir, operacionalizar e dinamizar a lógica de "Capital Social" do nosso país. Não é obviamente o paradigma da Inovação dos países da Europa Central, porque os índices rating da Competitividade estão em todas as análises aquém destes casos de sucesso. O diagnóstico está feito há muito tempo sobre esta matéria. Mas também já não pode ser, porque não é, a lógica do "low cost support" como referencial de criação de emprego e de fixação de "capital social básico" no território.
5. Cultura de inovação – Desenvolvimento Sustentável, Aposta nas Cidades, Criatividade dos Diferentes Segmentos da População, Inovação Empresarial Permanente, Inserção permanente nas Redes Globais – claramente que numa lógica de afirmação do país no panorama internacional o papel de alavancagem destes Factores se pode revelar determinante. A diferença está na sua prática operativa permanente, numa lógica de desígnio nacional.A mensagem de Richard Florida é mais do que nunca actual entre nós. A "classe criativa" que se quer legitimar no tecido social português terá que ser capaz de ganhar estatuto de verdadeiro "parceiro estratégico" do desenvolvimento do país. Isso faz-se com "convergência positiva" e não por decreto. Importa por isso, mais do que nunca, estar atento e participar com o sentido da diferença.
Francisco Jaime Quesado
In Jornal de Negócios
Os conhecidos baixos índices de "capital estratégico" no nosso país e a ausência de mecanismos centrais de "regulação positiva" dificultam o processo de afirmação dos diferentes protagonistas da "classe criativa". Independentemente da riqueza do acto de afirmação individual da criatividade, numa sociedade do conhecimento, importa de forma clara "pôr em rede" os diferentes actores e dimensioná-los à escala duma participação global imperativa nos nossos tempos. Apesar dos resultados de iniciativas como as "Cidades e Regiões Digitais", vocacionadas para posicionar o território no competitivo campeonato da inovação e conhecimento, falta uma estratégia transversal.
A sociedade civil tem nesta matéria um papel central. A "classe criativa", na sua diferença e no seu sucesso, é o resultado dum "tecido social" que se pretende voltado para um futuro permanente. Os índices de absorção positiva por parte da sociedade dos contributos inovadores da "classe criativa" passam muito pela estabilização de condições estruturais essenciais. Entre muitas, destacaríamos as seguintes:
1. Cultura empreendedora – A matriz comportamental da "população socialmente activa" do nosso país é avessa ao risco, à aposta na inovação e à partilha de uma cultura de dinâmica positiva. Ou seja. Dificilmente se conseguirá impor por decreto uma "revolução empreendedora" e mesmo o aumento do desemprego, por força da desindustrialização e emagrecimento dos Serviços Públicos / Privados poderá não ser suficiente para suscitar uma "auto-reacção" das pessoas.
2. Cultura do rigor – A falta de rigor e organização nos processos e nas decisões, sem respeito pelos factores "tempo" e "qualidade" já não é tolerável nos novos tempos globais. Não se poderá a pretexto de uma "lógica secular latina" mais admitir o não cumprimento dos horários, dos cronogramas e dos objectivos. Não cumprir este paradigma é sinónimo de ineficácia e de incapacidade estrutural de poder vir a ser melhor.
3. Cultura de cooperação – A ausência da prática de uma "cultura de cooperação" tem-se revelado mortífera para a sobrevivência das organizações. Na Sociedade do Conhecimento sobrevive quem consegue ter escala e participar, com valor, nas grandes Redes de Decisão. Num país pequeno, as Empresas, as Universidades, os Centros de Competência Políticos têm que protagonizar uma lógica de "cooperação positiva em competição" para evitar o desaparecimento. Querer cultivar a pequenez e aumentá-la numa envolvente já de si pequena é firmar um atestado de incapacidade e de falta de crença no futuro.
4. Cultura de ambição – É doentia a incapacidade em definir, operacionalizar e dinamizar a lógica de "Capital Social" do nosso país. Não é obviamente o paradigma da Inovação dos países da Europa Central, porque os índices rating da Competitividade estão em todas as análises aquém destes casos de sucesso. O diagnóstico está feito há muito tempo sobre esta matéria. Mas também já não pode ser, porque não é, a lógica do "low cost support" como referencial de criação de emprego e de fixação de "capital social básico" no território.
5. Cultura de inovação – Desenvolvimento Sustentável, Aposta nas Cidades, Criatividade dos Diferentes Segmentos da População, Inovação Empresarial Permanente, Inserção permanente nas Redes Globais – claramente que numa lógica de afirmação do país no panorama internacional o papel de alavancagem destes Factores se pode revelar determinante. A diferença está na sua prática operativa permanente, numa lógica de desígnio nacional.A mensagem de Richard Florida é mais do que nunca actual entre nós. A "classe criativa" que se quer legitimar no tecido social português terá que ser capaz de ganhar estatuto de verdadeiro "parceiro estratégico" do desenvolvimento do país. Isso faz-se com "convergência positiva" e não por decreto. Importa por isso, mais do que nunca, estar atento e participar com o sentido da diferença.
Francisco Jaime Quesado
In Jornal de Negócios
Wednesday, February 07, 2007
O fa(r)do português
Há sinais sugerindo que algo específico das famílias portuguesas não ajuda ao bom desempenho dos filhos
Faço parte de uma geração que cresceu aprendendo que Portugal era um país de emigração. Todos nós tínhamos familiares no estrangeiro e ao longo da juventude víamos alguns dos amigos a emigrar. Hoje, na geração do meu filho, a situação é distinta. O fluxo inverteu-se, e o comum é os nossos filhos aumentarem o número de colegas provenientes de outros países.
As nossas escolas têm, por isso, vindo a ser confrontadas com novos desafios. Não só são locais onde se decide muito do futuro potencial produtivo do país, como têm um papel na inclusão social dos que vêm viver entre nós.
Neste contexto, li recentemente com muito interesse um artigo que, para cada país, procura comparar os desempenhos escolares dos jovens nascidos no país com os dos jovens que para aí imigraram. O primeiro aspecto a ser realçado é que em Portugal o desempenho relativo dos jovens portugueses e dos jovens imigrantes não é muito distinto. Entre os países da OCDE, Portugal está mesmo entre os que têm as menores diferenças. Mesmo assim, em média, os jovens portugueses têm um desempenho um pouco melhor do que os jovens imigrantes. Porém, como as características das duas populações não são iguais, num segundo passo, os autores procederam à identificação das diferenças que são explicadas pela heterogeneidade nas características dos jovens. Aqui a grande descoberta é que, para Portugal, comparando jovens portugueses e jovens imigrantes com as mesmas características, os imigrantes têm, em média, melhores resultados. Neste segundo nível de análise, Portugal situa-se no meio dos países da OCDE. Controlando para as diferenças de características das populações, países há, como os EUA, em que os jovens imigrantes têm desempenho muito melhor que os jovens nacionais, tal como o contrário sucede em outros países, como a Alemanha. Ao desafio para a melhoria do desempenho geral dos estudantes em Portugal, vêm pois juntar-se sinais sugerindo que algo específico das famílias portuguesas não ajuda ao bom desempenho dos nossos filhos.
Fernando Branco
in Expresso
Faço parte de uma geração que cresceu aprendendo que Portugal era um país de emigração. Todos nós tínhamos familiares no estrangeiro e ao longo da juventude víamos alguns dos amigos a emigrar. Hoje, na geração do meu filho, a situação é distinta. O fluxo inverteu-se, e o comum é os nossos filhos aumentarem o número de colegas provenientes de outros países.
As nossas escolas têm, por isso, vindo a ser confrontadas com novos desafios. Não só são locais onde se decide muito do futuro potencial produtivo do país, como têm um papel na inclusão social dos que vêm viver entre nós.
Neste contexto, li recentemente com muito interesse um artigo que, para cada país, procura comparar os desempenhos escolares dos jovens nascidos no país com os dos jovens que para aí imigraram. O primeiro aspecto a ser realçado é que em Portugal o desempenho relativo dos jovens portugueses e dos jovens imigrantes não é muito distinto. Entre os países da OCDE, Portugal está mesmo entre os que têm as menores diferenças. Mesmo assim, em média, os jovens portugueses têm um desempenho um pouco melhor do que os jovens imigrantes. Porém, como as características das duas populações não são iguais, num segundo passo, os autores procederam à identificação das diferenças que são explicadas pela heterogeneidade nas características dos jovens. Aqui a grande descoberta é que, para Portugal, comparando jovens portugueses e jovens imigrantes com as mesmas características, os imigrantes têm, em média, melhores resultados. Neste segundo nível de análise, Portugal situa-se no meio dos países da OCDE. Controlando para as diferenças de características das populações, países há, como os EUA, em que os jovens imigrantes têm desempenho muito melhor que os jovens nacionais, tal como o contrário sucede em outros países, como a Alemanha. Ao desafio para a melhoria do desempenho geral dos estudantes em Portugal, vêm pois juntar-se sinais sugerindo que algo específico das famílias portuguesas não ajuda ao bom desempenho dos nossos filhos.
Fernando Branco
in Expresso
Monday, February 05, 2007
Teletrabalho na Renault francesa
A alta direção da Renault e os sindicatos franceses assinaram um acordo no dia 22 através do qual os empregados poderão trabalhar de dois a quatro dias por semana em casa.
Como diz a montadora, novas tecnologias facilitam a geração de novas maneiras de trabalho que tornam a empresa mais competitiva, e vêm de acordo com as aspirações de funcionários que aspiram por um melhor equilíbrio entre a casa e o trabalho. Reduzindo o transporte, o acordo também contribui à ação Renault de desenvolvimento sustentável.
O acordo aplica-se ao pessoal administrativo, técnicos, engenheiros e gerentes na empresa, e é voluntário. Para trabalhar de casa de dois a quatro dias por semana, o funcionário tem de receber aprovação de seu supervisor e passar pelo menos um dia por semana em seu local de trabalho normal. O acordo pode ser invalidado a qualquer momento, sujeito a um período de aviso prévio de um mês. Os telefuncionários mantêm seus direitos individuais e coletivos dentro da montadora. A Renault cobre o custo do equipamento de trabalho na casa – incluindo um computador laptop, uma conexão Internet de alta velocidade e uma cadeira ergonômica.
O acordo foi acelerado por mudanças tecnológicas recentes que facilitam novas maneiras de trabalhar e oferecem aos funcionários interessados a oportunidade de um melhor equilíbrio entre a carreira e a família. Novas ferramentas de telecomunicação possibilitam que o funcionário trabalhe tão eficientemente em casa como no escritório.
por José Luis Vieira
Sunday, February 04, 2007
Intelligent Cities
Intelligent Cities - Cidades Inovadoras e Competitivas para o Desenvolvimento Sustentável
O projecto Intelligent Cities, promovido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, é apoiado pelo Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III C – Sul.
Objectivos:
O projecto Intelligent Cities tem como objectivo essencial a preparação de uma estratégia para uma política de cidades (no conceito de “city region”) numa lógica de cooperação inter-regional, a ser testada em Portugal; em simultâneo com a definição de um dos seus instrumentos de intervenção específicos centrados no conhecimento – o "innovation hub". Um "innovation hub" traduz-se num espaço de excelência onde a ciência, a tecnologia e a inovação são colocados ao serviço da revitalização e desenvolvimento urbano sustentável das cidades.
Actividades:
As actividades integradas no projecto abrangem as seguintes áreas:
- Análise de “Boas Práticas” de Intervenções Urbanas Internacionais, Europeias e Nacionais: Pretendem identificar-se “boas práticas” a nível internacional, europeu e nacional no que concerne a recomendações e opções políticas ou intervenções urbanas inovadoras. Neste sentido, esta actividade integra a análise das recomendações internacionais e comunitárias em matéria de política de cidades e desenvolvimento regional; as opções nacionais em termos de desenvolvimento económico e espacial; assim como casos interessantes ao nível político ou operacional inovadores de âmbito internacional, europeu ou nacional.
- Definição de uma Estratégia Nacional para uma Política de Cidades: Pretende-se definir uma estratégia nacional para uma política de cidades a testar em Portugal, numa lógica de cooperação inter-regional, no sentido de uma estratégia de desenvolvimento das cidades como habitats de inovação, aprendizagem, criatividade e conhecimento. Neste âmbito será de tomar em consideração diversos temas críticos à escala urbana, regional e global, a saber: planeamento estratégico da cidade; partenariado/contratualização público-privada; marketing territorial; princípio da sustentabilidade; valorização das cidades médias; redes de cidades; integração territorial das cidades nas regiões envolventes, entre outros.
- Definição de um Instrumento de Suporte à Política de Cidades – Innovation Hub: Contempla a definição de um conceito de ‘innovation hub’ enquanto um dos instrumentos da política de cidades onde a ciência, a tecnologia e a inovação são colocados ao serviço da revitalização e desenvolvimento urbano sustentável das cidades, como desenvolvimento e complemento das tradicionais abordagens aos “tecnopólos” ou “parques de ciência e tecnologia”. Pretende-se conceptualizar um modelo aplicado à realidade portuguesa em função das trajectórias de desenvolvimento globais, das opções de política nacionais e das oportunidades existentes no binómio território/especialização sectorial. Para tal, o ponto de partida serão casos europeus e internacionais conhecidos de onde se poderão retirar “boas práticas” como o “22@bcn” em Barcelona, o “The Digital Hub” em Dublin e o “One North” em Singapura que, apesar de realidades económica, institucional e culturalmente diferentes, apresentam traços comuns que importa explorar.
- Lançamento de Experiências Piloto: Pretendem-se lançar preliminarmente algumas experiências piloto de intervenções urbanas inovadoras coerentes com os princípios da política de cidades definida e, eventualmente, com o instrumento “innovation hub”. Deverão traduzir-se em projectos com elevado conteúdo de inovação que partam de uma base de contratualização entre as autoridades locais, a Administração Central e parcerias público-privadas pré-definidas. A título de exemplo, pode ser definida uma cidade piloto para a realização de um plano estratégico participado ou pode ser induzida a criação de uma rede de cidades com objectivos específicos. Além do mais, pode ser proposta a criação de um "innovation hub" numa cidade ou anel de cidades associado a um perfil de especialização específico numa lógica de demonstração.
Resultados:
As realizações efectivas do projecto poderão assumir um carácter material ou imaterial. Assim, em primeiro lugar, irão produzir-se diversos documentos orientadores: "Guia com Boas Práticas de Intervenções Urbanas Inovadoras", "Documento Orientador para uma Estratégia Nacional de Política de Cidades", "Código de Conduta para Processos de Participação Pública", "Metodologia de Avaliação do Capital Intelectual das Cidades", "Guia com Casos de Innovation Hubs", entre outros. As realizações da iniciativa, em segundo lugar, induzirão resultados interessantes em matéria de cooperação inter-regional, dado terem como base a troca, difusão e transferência de informação, conhecimento e "boas práticas" entre diversas regiões europeias com vista à construção de novas políticas e instrumentos de política em matéria de desenvolvimento regional e estratégia de cidades. Neste sentido, será possível induzir a criação de cidades inovadoras e competitivas capazes de se afirmarem a nível nacional e internacional, quer numa lógica de desenvolvimento das áreas metropolitanas quer de valorização da redes estratégicas de cidades médias e regiões envolventes. O impacto do projecto a longo prazo será a promoção do desenvolvimento sustentável das cidades e regiões/países com base na inovação em direcção a uma economia baseada no conhecimento, numa perspectiva de ordenamento territorial equilibrado e no contexto de uma maior coesão económica e social.
Parceiros:
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional
INTELI – Inteligência em Inovação, Centro de Inovação Fundación Metropoli (Espanha)
INTA – International Association of Urban Development (Holanda)
Universidade de Cardiff – Cardiff School of City and Regional Planning (Reino Unido)
in Inteli (IAPMEI/CEIIA)
O projecto Intelligent Cities, promovido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, é apoiado pelo Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III C – Sul.
Objectivos:
O projecto Intelligent Cities tem como objectivo essencial a preparação de uma estratégia para uma política de cidades (no conceito de “city region”) numa lógica de cooperação inter-regional, a ser testada em Portugal; em simultâneo com a definição de um dos seus instrumentos de intervenção específicos centrados no conhecimento – o "innovation hub". Um "innovation hub" traduz-se num espaço de excelência onde a ciência, a tecnologia e a inovação são colocados ao serviço da revitalização e desenvolvimento urbano sustentável das cidades.
Actividades:
As actividades integradas no projecto abrangem as seguintes áreas:
- Análise de “Boas Práticas” de Intervenções Urbanas Internacionais, Europeias e Nacionais: Pretendem identificar-se “boas práticas” a nível internacional, europeu e nacional no que concerne a recomendações e opções políticas ou intervenções urbanas inovadoras. Neste sentido, esta actividade integra a análise das recomendações internacionais e comunitárias em matéria de política de cidades e desenvolvimento regional; as opções nacionais em termos de desenvolvimento económico e espacial; assim como casos interessantes ao nível político ou operacional inovadores de âmbito internacional, europeu ou nacional.
- Definição de uma Estratégia Nacional para uma Política de Cidades: Pretende-se definir uma estratégia nacional para uma política de cidades a testar em Portugal, numa lógica de cooperação inter-regional, no sentido de uma estratégia de desenvolvimento das cidades como habitats de inovação, aprendizagem, criatividade e conhecimento. Neste âmbito será de tomar em consideração diversos temas críticos à escala urbana, regional e global, a saber: planeamento estratégico da cidade; partenariado/contratualização público-privada; marketing territorial; princípio da sustentabilidade; valorização das cidades médias; redes de cidades; integração territorial das cidades nas regiões envolventes, entre outros.
- Definição de um Instrumento de Suporte à Política de Cidades – Innovation Hub: Contempla a definição de um conceito de ‘innovation hub’ enquanto um dos instrumentos da política de cidades onde a ciência, a tecnologia e a inovação são colocados ao serviço da revitalização e desenvolvimento urbano sustentável das cidades, como desenvolvimento e complemento das tradicionais abordagens aos “tecnopólos” ou “parques de ciência e tecnologia”. Pretende-se conceptualizar um modelo aplicado à realidade portuguesa em função das trajectórias de desenvolvimento globais, das opções de política nacionais e das oportunidades existentes no binómio território/especialização sectorial. Para tal, o ponto de partida serão casos europeus e internacionais conhecidos de onde se poderão retirar “boas práticas” como o “22@bcn” em Barcelona, o “The Digital Hub” em Dublin e o “One North” em Singapura que, apesar de realidades económica, institucional e culturalmente diferentes, apresentam traços comuns que importa explorar.
- Lançamento de Experiências Piloto: Pretendem-se lançar preliminarmente algumas experiências piloto de intervenções urbanas inovadoras coerentes com os princípios da política de cidades definida e, eventualmente, com o instrumento “innovation hub”. Deverão traduzir-se em projectos com elevado conteúdo de inovação que partam de uma base de contratualização entre as autoridades locais, a Administração Central e parcerias público-privadas pré-definidas. A título de exemplo, pode ser definida uma cidade piloto para a realização de um plano estratégico participado ou pode ser induzida a criação de uma rede de cidades com objectivos específicos. Além do mais, pode ser proposta a criação de um "innovation hub" numa cidade ou anel de cidades associado a um perfil de especialização específico numa lógica de demonstração.
Resultados:
As realizações efectivas do projecto poderão assumir um carácter material ou imaterial. Assim, em primeiro lugar, irão produzir-se diversos documentos orientadores: "Guia com Boas Práticas de Intervenções Urbanas Inovadoras", "Documento Orientador para uma Estratégia Nacional de Política de Cidades", "Código de Conduta para Processos de Participação Pública", "Metodologia de Avaliação do Capital Intelectual das Cidades", "Guia com Casos de Innovation Hubs", entre outros. As realizações da iniciativa, em segundo lugar, induzirão resultados interessantes em matéria de cooperação inter-regional, dado terem como base a troca, difusão e transferência de informação, conhecimento e "boas práticas" entre diversas regiões europeias com vista à construção de novas políticas e instrumentos de política em matéria de desenvolvimento regional e estratégia de cidades. Neste sentido, será possível induzir a criação de cidades inovadoras e competitivas capazes de se afirmarem a nível nacional e internacional, quer numa lógica de desenvolvimento das áreas metropolitanas quer de valorização da redes estratégicas de cidades médias e regiões envolventes. O impacto do projecto a longo prazo será a promoção do desenvolvimento sustentável das cidades e regiões/países com base na inovação em direcção a uma economia baseada no conhecimento, numa perspectiva de ordenamento territorial equilibrado e no contexto de uma maior coesão económica e social.
Parceiros:
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional
INTELI – Inteligência em Inovação, Centro de Inovação Fundación Metropoli (Espanha)
INTA – International Association of Urban Development (Holanda)
Universidade de Cardiff – Cardiff School of City and Regional Planning (Reino Unido)
in Inteli (IAPMEI/CEIIA)
Saturday, February 03, 2007
Innovation day
Uma ideia do Frederico Dinis para discutir e implementar!
Sendo, em algumas organizações, a sistematização do tradicional casual day uma prática bem recebida por todos, gostaríamos de desafiar todas as organizações nacionais a instituir o innovation day (talvez à sexta) para estimular cada colaborador a sair fora do seu quadrado, fora do seu local de trabalho, quem sabe em combinação com pessoas e ideias de outros sectores: estatais, universitários ou empresariais…
Sendo, em algumas organizações, a sistematização do tradicional casual day uma prática bem recebida por todos, gostaríamos de desafiar todas as organizações nacionais a instituir o innovation day (talvez à sexta) para estimular cada colaborador a sair fora do seu quadrado, fora do seu local de trabalho, quem sabe em combinação com pessoas e ideias de outros sectores: estatais, universitários ou empresariais…
Promoçao de Portugal
José Sócrates é notícia em todas as suas viagens pelo jogging matinal.
Além de ser um acontecimento de inegável força comunicacional, fica muitíssimo bem a um país medalhado no atletísmo e conotado internacionalmente com o turísmo de lazer.
Parabéns!
PS: A publicidade à Adidas é que podia ser substituída por marcas portuguesas com fortes presenças no exterior.
Thursday, February 01, 2007
Cidades do Conhecimento
Mais um excelente texto de Jorge Nascimento Rodrigues:
O conceito de "cidade do conhecimento" esta a transformar-se numa oportunidade para as cidades médias europeias ou para corredores de cidades com uma massa populacional citadina entre os 50 mil e os 250 mil habitantes. Cidades que não podem aspirar, naturalmente, aos campeonatos das "cidades globais" ou das cidades emergentes com funções globais. A mensagem de esperança é trazida, a nível ibérico, por experiências como as de Mataró (uma cidade portuária da industrialização histórica catalã com mais de 100 mil habitantes), na área metropolitana de Barcelona, que pretende ser um "laboratório" de conceitos e práticas na área da gestão urbana do conhecimento e do capital humano, e pelo projecto pioneiro de "rede" transfronteiriça de cidades do conhecimento nas regiões do Alentejo português e Extremadura espanhola, em que estarão envolvidas Évora e Badajoz. (...)
O conceito de "cidade do conhecimento" esta a transformar-se numa oportunidade para as cidades médias europeias ou para corredores de cidades com uma massa populacional citadina entre os 50 mil e os 250 mil habitantes. Cidades que não podem aspirar, naturalmente, aos campeonatos das "cidades globais" ou das cidades emergentes com funções globais. A mensagem de esperança é trazida, a nível ibérico, por experiências como as de Mataró (uma cidade portuária da industrialização histórica catalã com mais de 100 mil habitantes), na área metropolitana de Barcelona, que pretende ser um "laboratório" de conceitos e práticas na área da gestão urbana do conhecimento e do capital humano, e pelo projecto pioneiro de "rede" transfronteiriça de cidades do conhecimento nas regiões do Alentejo português e Extremadura espanhola, em que estarão envolvidas Évora e Badajoz. (...)
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