As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas
Monday, January 21, 2008
O QUE FAZER COM A MARCA PORTUGAL? Contributos de Tiago Forjaz e Nick Knight
Confesso-me um apaixonado por Portugal e pelo talento português. Quando há uns anos tive a oportunidade de estudar lá fora em escolas de referência soube nessa altura apreciar de fora a nossa personalidade única enquanto povo, bem como a riqueza imensa da nossa herança cultural, ambiental e gastronómica.
Foi nessa qualidade e com alguma expectativa que recebi a “nova imagem” de Portugal, que penso dar um (pequeno) passo no que nos pode levar a formar uma opinião de um país mais moderno e atraente, e que nos poderá trazer também uma componente mais sexy de turismo e investimento a um país com muito para dar… mas esperava bastante mais…
E aqui começa o que verdadeiramente vos queria dizer: tal como uma imagem televisiva é feita por milhares de pontos no écran chamados pixéis também a marca Portugal é constituída hoje por mais de 10 milhões de pessoas (contam já o Deco e o Pepe…), assentes no legado histórico dos grandes portugueses que fizeram desta uma nação única que perdura. E a marca Portugal não é nem pode ser uma campanha fotográfica espalhada em grandes cartazes, mesmo que eu aprecie particularmente o estilo do Sr. Nick Knight. Tem que ser muito mais… tem que ser, por exemplo, o ecoar repetido do nosso hino cantado pelo Vasco Uva e pelos restantes Lobos. Tem que ser o salpicar salgado das ondas de Sagres invocando o infante D. Henrique.
Tem que ser o esforço colectivo de uma consciência nacional do que nos torna únicos, do que nos faz diferentes no mundo, do que conquistámos, do que temos para conquistar (as marcas criam-se a olhar o futuro), do que ambicionamos como nação. A marca Portugal que nos vai levar longe começa com a projecção do nosso talento nacional. E aqui o Sr. Nick Knight e o João Wengorovius da BBDO que me desculpem mas tenho que dar maiores créditos por exemplo ao Tiago Forjaz e à equipa da Jason Associates pela grande iniciativa que estão a levar a cabo com o StarTracker (ver www.thestartracker.com ). Aí estou a ver a Marca Portugal a dar saltos em frente.
O StarTracker, que é uma plataforma de network entre os jovens talentos portugueses, introduzidos por convite pelos méritos que os actuais membros lhes reconhecem, faz muito pela marca Portugal. Basta ver os vídeos das reuniões de talento português em Londres ou Paris ou Madrid para percebermos onde estão depositadas as sementes do futuro da Marca Portugal… cada português faz parte da marca Portugal. É uma legítima expressão e extensão da nossa marca colectiva. O que o Tiago Forjaz fez é extraordinário, pela simplicidade da iniciativa (as melhores ideias são sempre as mais simples e as mais objectivas…) e pelo que está a proporcionar aos nossos talentos lá fora em termos de contactos pessoais, que acredito irão contribuir para novos projectos que levem Portugal bem longe.
Mais do que vermos a Marca Portugal em fotos está a viver-se assim a Marca Portugal, está a descobrir-se quem somos na verdade. Temos com orgulho uma nova nação que começa a querer ver-se ao espelho. E que está a gostar do que vê…
Somos um país de descobridores. Sempre o fomos e vamos continuar a ser. Descobrimos um país onde ninguém o via. Descobrimos caminhos marítimos para novas riquezas e novas glórias. Descobrimos a Europa e estamos a fazer muito por ela. Talvez o nosso grande desígnio para o séc. XXI seja a descoberta de nós próprios enquanto povo. Daqui a 10 ou 20 anos a Marca Portugal, através de cada português, irá viver novos tempos de afirmação no mundo pela consistência da nossa mensagem individual. Espero estar cá por muitos anos para ver em pleno o que está a ser começado agora.
Sr. Nick Knight, apareça por cá daqui a uns anos mas traga muitos rolos. Vai ter de tirar muito mais fotos de figuras brilhantes para conseguir ilustrar Portugal…
in PÚBLICO, Miguel Coelho
Friday, January 11, 2008
NAL - Novo Aeroporto de Lisboa
A opção por Alcochete vem confirmar a estratégia definida em meados dos anos 90 em estender Lisboa para uma região onde é possivel crescer de forma ordenada.
Por outro lado, combate a litorazição do território e dinamiza uma das regiões mais complexas da europa: A Península de Setúbal.
Um sinal positivo para o Ordenamento.
Wednesday, January 09, 2008
Clusters Vocacionais
Tuesday, January 08, 2008
Portugal 2.0: Comunicações em Mudança
Os últimos anos marcaram o surgimento de uma nova geração: a Geração Digital.
O quotidiano destas pessoas é marcado por produtos e comportamentos bem distintos do que se passava há algumas décadas atrás.
O entretenimento, a recolha de informação, a comunicação e a forma como interagem com outras pessoas assumem paradigmas completamente diferentes.
Por outro lado, nunca foi tão rápido como agora o ritmo da mudança, o que coloca novos desafios.
De certa forma, para esta Geração Digital, encontramo-nos numa nova fase. Na Web, nos conteúdos, na organização e estruturação desses mesmos conteúdos, nas formas de comunicação e nos produtos tecnológicos abrem-se novas oportunidades e, também, a necessidade de responder a novas solicitações.
Fotos, vídeos, podcasts podem ser produzidos por qualquer um e partilhados numa comunidade global.
Um sistema aberto com várias plataformas e formas de expressão com novas linguagens.
Um dever que exige respostas quase imediatas e uma grande capacidade de adaptação à mudança para novos paradigmas.
Este é o lema que norteia a edição deste ano do Congresso das Comunicações, que se subordinará ao tema: “Portugal 2.0: Comunicações em Mudança”.
Este tema é ainda mais acutilante tendo em conta a estratégia de desenvolvimento de Portugal e, em simultâneo, o facto de ter lugar no final da Presidência Portuguesa da União Europeia.
Trata-se, assim, de uma abordagem ampla e que procura ser o mais abrangente possível.
Pretende-se que seja um ponto de encontro onde se poderá fazer um balanço da Presidência Portuguesa e da actuação pública nas áreas ligadas ao sector, assim como da evolução do mercado, tornando possível a análise e a discussão das várias acções e medidas a tomar no futuro.
Tendo presente a importância e o peso do sector das comunicações na nossa economia e o seu papel insubstituível no modelo de desenvolvimento que o País está a assumir iremos procurar tratar, de forma detalhada, um conjunto de temas que, não só promovam a reflexão sobre os mesmos, como também sirvam de balanço e “julgamento” do que se fez ou está a fazer.
Assim, serão abordados os seguintes temas:
A- i - 2010 – Balanço e perspectivas
B- O Novo Sector da TIC´s num contexto global
C- Os Desafios da Nova Regulação
D - Tendências de consumo: O PERFIL do novo consumidor
E - O Desenvolvimento sustentável e a Info-inclusão
F - Regulação Visão Nacional
G - Mobilidade e Convergência
H - As Redes para Web 2.0: a visão do mercado de capitais
I- Os grandes desafios da TDT em Portugal
J- Formação e Competividade
K- Estado da Nação das Comunicações
Temas incontornáveis e actuais como o “Pós-OPA e o novo arranjo do mercado” e a “Televisão Digital Terrestre”, entre outros, serão discutidos no tempo e no local certo e queremos que este seja o Congresso das Comunicações’07.
Tendo em conta este enquadramento, o Congresso das Comunicações vai ter ainda o contributo de personalidades relevantes, quer a nível nacional quer a nível mundial, que nos vão ajudar a reflectir sobre estes desafios.
Vamos ter, entre outros, Timothy John Berners-Lee, o inventor do World Wide Web, Nicholas Carr e Frank Feather.
O Congresso, iniciar-se-á no dia 4 de Dezembro, no Centro de Congressos do Estoril e terá a presença do Senhor Primeiro-Ministro na sessão de abertura.
O Congresso terminará os seus trabalhos, antes da sessão de encerramento, com a já tradicional “Estado da Nação” em que os Presidentes dos principais grupos de comunicações dirão de “sua justiça” sobre o que pensam do que se fez, do que se está a fazer e daquilo que acham que deve ser o modelo de desenvolvimento do sector no futuro.
Jorge Coelho
O quotidiano destas pessoas é marcado por produtos e comportamentos bem distintos do que se passava há algumas décadas atrás.
O entretenimento, a recolha de informação, a comunicação e a forma como interagem com outras pessoas assumem paradigmas completamente diferentes.
Por outro lado, nunca foi tão rápido como agora o ritmo da mudança, o que coloca novos desafios.
De certa forma, para esta Geração Digital, encontramo-nos numa nova fase. Na Web, nos conteúdos, na organização e estruturação desses mesmos conteúdos, nas formas de comunicação e nos produtos tecnológicos abrem-se novas oportunidades e, também, a necessidade de responder a novas solicitações.
Fotos, vídeos, podcasts podem ser produzidos por qualquer um e partilhados numa comunidade global.
Um sistema aberto com várias plataformas e formas de expressão com novas linguagens.
Um dever que exige respostas quase imediatas e uma grande capacidade de adaptação à mudança para novos paradigmas.
Este é o lema que norteia a edição deste ano do Congresso das Comunicações, que se subordinará ao tema: “Portugal 2.0: Comunicações em Mudança”.
Este tema é ainda mais acutilante tendo em conta a estratégia de desenvolvimento de Portugal e, em simultâneo, o facto de ter lugar no final da Presidência Portuguesa da União Europeia.
Trata-se, assim, de uma abordagem ampla e que procura ser o mais abrangente possível.
Pretende-se que seja um ponto de encontro onde se poderá fazer um balanço da Presidência Portuguesa e da actuação pública nas áreas ligadas ao sector, assim como da evolução do mercado, tornando possível a análise e a discussão das várias acções e medidas a tomar no futuro.
Tendo presente a importância e o peso do sector das comunicações na nossa economia e o seu papel insubstituível no modelo de desenvolvimento que o País está a assumir iremos procurar tratar, de forma detalhada, um conjunto de temas que, não só promovam a reflexão sobre os mesmos, como também sirvam de balanço e “julgamento” do que se fez ou está a fazer.
Assim, serão abordados os seguintes temas:
A- i - 2010 – Balanço e perspectivas
B- O Novo Sector da TIC´s num contexto global
C- Os Desafios da Nova Regulação
D - Tendências de consumo: O PERFIL do novo consumidor
E - O Desenvolvimento sustentável e a Info-inclusão
F - Regulação Visão Nacional
G - Mobilidade e Convergência
H - As Redes para Web 2.0: a visão do mercado de capitais
I- Os grandes desafios da TDT em Portugal
J- Formação e Competividade
K- Estado da Nação das Comunicações
Temas incontornáveis e actuais como o “Pós-OPA e o novo arranjo do mercado” e a “Televisão Digital Terrestre”, entre outros, serão discutidos no tempo e no local certo e queremos que este seja o Congresso das Comunicações’07.
Tendo em conta este enquadramento, o Congresso das Comunicações vai ter ainda o contributo de personalidades relevantes, quer a nível nacional quer a nível mundial, que nos vão ajudar a reflectir sobre estes desafios.
Vamos ter, entre outros, Timothy John Berners-Lee, o inventor do World Wide Web, Nicholas Carr e Frank Feather.
O Congresso, iniciar-se-á no dia 4 de Dezembro, no Centro de Congressos do Estoril e terá a presença do Senhor Primeiro-Ministro na sessão de abertura.
O Congresso terminará os seus trabalhos, antes da sessão de encerramento, com a já tradicional “Estado da Nação” em que os Presidentes dos principais grupos de comunicações dirão de “sua justiça” sobre o que pensam do que se fez, do que se está a fazer e daquilo que acham que deve ser o modelo de desenvolvimento do sector no futuro.
Jorge Coelho
Monday, January 07, 2008
Interior rural é o próximo alvo do turismo do Algarve
O interior rural é o próximo alvo do turismo algarvio, com a valorização pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve de projectos que estimulem o desenvolvimento local e que poderão beneficiar de apoios comunitários.
“Queremos fazer uma discriminação positiva do interior. A costa não está cem por cento esgotada, mas quase. Além disso, o Plano Regional de Ordenamento do Território para o Algarve (PROTAL) impõe limites mais rígidos à construção no litoral, por isso é preciso dinamizar o interior”, disse à Lusa o presidente da CCDR do Algarve, João Faria, adiantando que já existem pedidos de licenciamento de empreendimentos nestas zonas.
Estes projectos poderão ser apoiados com fundos comunitários inscritos no Programa Operacional do Algarve (PO) para o período 2007-2013. “Não vamos financiar directamente os empreendimentos, mas podemos apoiar equipamentos e infra-estruturas que sirvam a zona onde se inserem”, afirmou o presidente da CCDR do Algarve.
O QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) para o período de 2007-2013, que enquadra o destino do actual pacote de verbas comunitárias para Portugal, tem programas operacionais (PO) para cada uma das cinco regiões de planeamento do Continente – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – e um para cada região autónoma.
Complementarmente ao Feder (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que se destina a corrigir as assimetrias regionais), a aposta no interior algarvio contempla também verbas para o desenvolvimento das actividades rurais e ligadas ao turismo de natureza.
PO Algarve tem 175 milhões de euros
Exemplo disso são os projectos da Via Algarviana, uma rota pedestre que liga Alcoutim ao cabo de São Vicente, numa extensão de 240 quilómetros que atravessa a serra algarvia, e da Ecovia, direccionada para a utilização de bicicletas, que têm já financiamentos previstos no PO do Algarve.
Para João Faria, importa também criar “pontos de interesse” que promovam as aldeias, “frágeis em termos de capacidade de atracção”, como a festa dos presépios e o concurso de gastronomia que premeia as melhores receitas típicas.
O programa de revitalização das aldeias vai ter continuidade, garantiu o responsável da CCDR, apesar de haver menos dinheiro para distribuir no novo ciclo de apoios comunitários.
O Programa Operacional (PO) Algarve21 conta com uma dotação de 175 milhões de euros, um terço do investimento do anterior ciclo de programação, orientando as verbas para três eixos: competitividade, inovação e conhecimento (90 milhões), valorização territorial e desenvolvimento urbano (61 milhões) e protecção e qualificação ambiental (18 milhões).
“Havendo menos dinheiro, temos de ser mais selectivos”, frisou João Faria, acrescentando que “é preciso garantir a competitividade na região e investimentos no sector privado que permitam um crescimento sustentado.
Daí que o eixo da competitividade absorva cerca de metade dos fundos disponíveis, merecendo especial atenção a criação de zonas onde as empresas se possam implantar.
Formação superior aproxima-se do mercado
Fomentar o empreendedorismo qualificado é outra prioridade que se pretende promover com estímulos financeiros.
Neste contexto, as universidades do Algarve surgem como um parceiro interessante, já que “têm centrado as suas actividades em sectores prometedores” e com potencial ligação ao meio empresarial nas áreas das ciências do mar, dos sistemas inteligentes e das ciências da saúde e biotecnologias.
No ano lectivo de 2004/2005, os cursos de licenciatura com maior número de matriculados eram gestão de empresas, economia, biologia marinha e pescas, engenharia biotecnológica, engenharia de ambiente, de sistemas e informática.
Nas Escolas Superiores (Tecnologia e Hotelaria e Turismo), o maior volume de matriculados encontrava-se nos cursos de gestão, turismo, engenharia eléctrica e electrónica, engenharia civil e engenharia mecânica.
“Este perfil de frequências posiciona as Faculdades e Escolas da Universidade do Algarve num patamar de relação activa com trajectórias formativas que valorizam uma integração no mercado de trabalho menos dependente do emprego público e mais ligadas ao empreendedorismo e a funções técnicas e de gestão, próximas da economia empresarial”, sublinha o documento relativo ao programa Operacional do Algarve (2007-2013).
Pacote anterior de fundos executado a 80 por cento
Os primeiros concursos (sistemas de incentivos, regeneração urbana, modernização administrativa e acções de valorização do litoral) já foram abertos e prolongam-se até Abril, dependendo do eixo ao qual são apresentadas as candidaturas.
Relativamente ao anterior programa (2000-2006), cerca de 80 por cento está já executado e João Faria acredita que não vai ficar dinheiro por gastar.
O Programa Operacional do Algarve completou o ciclo de programação com uma dotação global de 485 milhões de euros, tendo disponibilizado 275 milhões de euros para intervenções sectoriais desconcentradas, 163 milhões para apoiar investimentos municipal e intermunicipal e 47 milhões de euros para acções integradas de base territorial.
O eixo 2 (acções integradas de base territorial) foi o que teve uma execução mais baixa, devido ao atraso sofrido pelos programas Polis. Ainda assim, este eixo revelou forte dinamismo no que respeita às aprovações, que cresceram 66 por cento, comparativamente à média dos outros dois eixos que rondou os 20 por cento.
in Público
“Queremos fazer uma discriminação positiva do interior. A costa não está cem por cento esgotada, mas quase. Além disso, o Plano Regional de Ordenamento do Território para o Algarve (PROTAL) impõe limites mais rígidos à construção no litoral, por isso é preciso dinamizar o interior”, disse à Lusa o presidente da CCDR do Algarve, João Faria, adiantando que já existem pedidos de licenciamento de empreendimentos nestas zonas.
Estes projectos poderão ser apoiados com fundos comunitários inscritos no Programa Operacional do Algarve (PO) para o período 2007-2013. “Não vamos financiar directamente os empreendimentos, mas podemos apoiar equipamentos e infra-estruturas que sirvam a zona onde se inserem”, afirmou o presidente da CCDR do Algarve.
O QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) para o período de 2007-2013, que enquadra o destino do actual pacote de verbas comunitárias para Portugal, tem programas operacionais (PO) para cada uma das cinco regiões de planeamento do Continente – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – e um para cada região autónoma.
Complementarmente ao Feder (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que se destina a corrigir as assimetrias regionais), a aposta no interior algarvio contempla também verbas para o desenvolvimento das actividades rurais e ligadas ao turismo de natureza.
PO Algarve tem 175 milhões de euros
Exemplo disso são os projectos da Via Algarviana, uma rota pedestre que liga Alcoutim ao cabo de São Vicente, numa extensão de 240 quilómetros que atravessa a serra algarvia, e da Ecovia, direccionada para a utilização de bicicletas, que têm já financiamentos previstos no PO do Algarve.
Para João Faria, importa também criar “pontos de interesse” que promovam as aldeias, “frágeis em termos de capacidade de atracção”, como a festa dos presépios e o concurso de gastronomia que premeia as melhores receitas típicas.
O programa de revitalização das aldeias vai ter continuidade, garantiu o responsável da CCDR, apesar de haver menos dinheiro para distribuir no novo ciclo de apoios comunitários.
O Programa Operacional (PO) Algarve21 conta com uma dotação de 175 milhões de euros, um terço do investimento do anterior ciclo de programação, orientando as verbas para três eixos: competitividade, inovação e conhecimento (90 milhões), valorização territorial e desenvolvimento urbano (61 milhões) e protecção e qualificação ambiental (18 milhões).
“Havendo menos dinheiro, temos de ser mais selectivos”, frisou João Faria, acrescentando que “é preciso garantir a competitividade na região e investimentos no sector privado que permitam um crescimento sustentado.
Daí que o eixo da competitividade absorva cerca de metade dos fundos disponíveis, merecendo especial atenção a criação de zonas onde as empresas se possam implantar.
Formação superior aproxima-se do mercado
Fomentar o empreendedorismo qualificado é outra prioridade que se pretende promover com estímulos financeiros.
Neste contexto, as universidades do Algarve surgem como um parceiro interessante, já que “têm centrado as suas actividades em sectores prometedores” e com potencial ligação ao meio empresarial nas áreas das ciências do mar, dos sistemas inteligentes e das ciências da saúde e biotecnologias.
No ano lectivo de 2004/2005, os cursos de licenciatura com maior número de matriculados eram gestão de empresas, economia, biologia marinha e pescas, engenharia biotecnológica, engenharia de ambiente, de sistemas e informática.
Nas Escolas Superiores (Tecnologia e Hotelaria e Turismo), o maior volume de matriculados encontrava-se nos cursos de gestão, turismo, engenharia eléctrica e electrónica, engenharia civil e engenharia mecânica.
“Este perfil de frequências posiciona as Faculdades e Escolas da Universidade do Algarve num patamar de relação activa com trajectórias formativas que valorizam uma integração no mercado de trabalho menos dependente do emprego público e mais ligadas ao empreendedorismo e a funções técnicas e de gestão, próximas da economia empresarial”, sublinha o documento relativo ao programa Operacional do Algarve (2007-2013).
Pacote anterior de fundos executado a 80 por cento
Os primeiros concursos (sistemas de incentivos, regeneração urbana, modernização administrativa e acções de valorização do litoral) já foram abertos e prolongam-se até Abril, dependendo do eixo ao qual são apresentadas as candidaturas.
Relativamente ao anterior programa (2000-2006), cerca de 80 por cento está já executado e João Faria acredita que não vai ficar dinheiro por gastar.
O Programa Operacional do Algarve completou o ciclo de programação com uma dotação global de 485 milhões de euros, tendo disponibilizado 275 milhões de euros para intervenções sectoriais desconcentradas, 163 milhões para apoiar investimentos municipal e intermunicipal e 47 milhões de euros para acções integradas de base territorial.
O eixo 2 (acções integradas de base territorial) foi o que teve uma execução mais baixa, devido ao atraso sofrido pelos programas Polis. Ainda assim, este eixo revelou forte dinamismo no que respeita às aprovações, que cresceram 66 por cento, comparativamente à média dos outros dois eixos que rondou os 20 por cento.
in Público
Friday, January 04, 2008
ANÁLISE | “New Urbanism”
É uma evidência que as preocupações ambientais estão na ordem do dia. Questões como o aquecimento global e as alterações climáticas fazem hoje parte das preocupações de uma considerável parte da população.
Estas preocupações fazem-se sentir mais rapidamente nos ambientes onde cada vez mais as pessoas vivem, ou seja nas cidades, elas próprias, como organismo primariamente comandado por acções humanas, grandes motivadores dos efeitos globais do efeito de estufa, devido à massiva quantidade de emissões de gases provocadores daquele efeito.
O ambiente urbano é por isso um dos aspectos que imediatamente carece de ser repensado, nomeadamente na forma de estar na cidade e de usar a cidade. As nossas dependências e os nossos vícios.
Na arquitectura, as preocupações em torno da construção sustentável começam a dar os primeiros passos. Alguns arquitectos e urbanistas, com por exemplo o gabinete liderado por Andrés Duany (DPZ), começam já a pensar mais além. Não basta termos casas ambientalmente sustentáveis se por outro lado continuamos altamente dependentes do automóvel, que por sua vez é utilizado para viagens diárias para o trabalho.
O “novo urbanismo” que começa a despontar nos Estados Unidos da América vai ao encontro destas ideias. Todo o espaço construído e não construído (e não só os edifícios por si) deverão ser sustentáveis do ponto de vista ambiental. E não só, por que a nossa saúde e bem-esar também agradecem.
Esta nova filosofia de organização do território assenta em aglomerados de média densidade (que evite por um lado uma dispersão desmesurada da ocupação e o seu congestionamento urbano por outro). Estes aglomerados deverão estar organizados de forma a que habitações, escritórios, lojas e equipamentos estejam acessíveis minimizando a necessidade de utilização do automóvel. Para isso, será igualmente necessário um eficiente sistema de transportes.
Toda esta forma de pensar a organização das cidades e o seu sucesso, está dependente de uma alteração profunda nos modos de vida que estão profundamente enraizados nas nossas sociedades. Portanto, a forma como procuraremos alterar esses hábitos será talvez a tarefa mais difícil.
in Cidade Surpreendente
Estas preocupações fazem-se sentir mais rapidamente nos ambientes onde cada vez mais as pessoas vivem, ou seja nas cidades, elas próprias, como organismo primariamente comandado por acções humanas, grandes motivadores dos efeitos globais do efeito de estufa, devido à massiva quantidade de emissões de gases provocadores daquele efeito.
O ambiente urbano é por isso um dos aspectos que imediatamente carece de ser repensado, nomeadamente na forma de estar na cidade e de usar a cidade. As nossas dependências e os nossos vícios.
Na arquitectura, as preocupações em torno da construção sustentável começam a dar os primeiros passos. Alguns arquitectos e urbanistas, com por exemplo o gabinete liderado por Andrés Duany (DPZ), começam já a pensar mais além. Não basta termos casas ambientalmente sustentáveis se por outro lado continuamos altamente dependentes do automóvel, que por sua vez é utilizado para viagens diárias para o trabalho.
O “novo urbanismo” que começa a despontar nos Estados Unidos da América vai ao encontro destas ideias. Todo o espaço construído e não construído (e não só os edifícios por si) deverão ser sustentáveis do ponto de vista ambiental. E não só, por que a nossa saúde e bem-esar também agradecem.
Esta nova filosofia de organização do território assenta em aglomerados de média densidade (que evite por um lado uma dispersão desmesurada da ocupação e o seu congestionamento urbano por outro). Estes aglomerados deverão estar organizados de forma a que habitações, escritórios, lojas e equipamentos estejam acessíveis minimizando a necessidade de utilização do automóvel. Para isso, será igualmente necessário um eficiente sistema de transportes.
Toda esta forma de pensar a organização das cidades e o seu sucesso, está dependente de uma alteração profunda nos modos de vida que estão profundamente enraizados nas nossas sociedades. Portanto, a forma como procuraremos alterar esses hábitos será talvez a tarefa mais difícil.
in Cidade Surpreendente
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