A comunicação ao país de Pedro Passos Coelho surpreendeu tudo e todos.
Ninguém vislumbrou vantagens nesta estratégia de transferir para as famílias parte dos custos sociais.
As familias vão ficar com menos dinheiro. As empresas também.
Todas as empresas que estão orientadas para o mercado interno vão ressentir-se desta medida. As grandes empresas - em particular o retalho e a banca - vão ser as maiores vítimas. O consumo vai contrair, o incumprimento bancário vai aumentar.
O facto das grandes empresas portuguesas dependerem do mercado interno explica a parte mais importante da nossa crise económica.
Era mau demais para ser verdade.
Com esta medida, Pedro Passos Coelho está a chamar multinacionais para Portugal.
Mas não são todas. São apenas as que dependem do mercado global, uma vez que a evolução do consumo interno é uma incógnita para muitos.
Com esta medida, o governo espera criar postos de trabalho com empresas estrangeiras. Convenhamos que a estratégia estava montada: flexibilização do mercado de trabalho.
Terá o AICEP o "caparro" suficiente para a digestão desta medida?
Se Pedro Passos Coelho não tiver em carteira um conjunto de novos projectos para instalar em Portugal, teremos o caldo entornado.
Frederico Lucas, Técnico de Dinamização Territorial
Declaração de Interesses: O autor deste texto é promotor de iniciativas para a captação de empresas globais para o território rural português.
1 comment:
Esperemos que resulte... Foi o meu primeiro pensamento acerca destas medidas...
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