Álvaro Santos Pereira mostrou-se hoje empenhado em "travar" a desertificação no interior do país e lembrou que é também "uma pessoa do interior".
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mostrou-se hoje empenhado em "travar" a desertificação no interior do país, prometendo que não irá esquecer-se daquela região, uma vez que é também "uma pessoa do interior".
"Eu sou uma pessoa do interior. Uma coisa que eu não farei será esquecer o interior", disse.
"Nós temos uma secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, eu não digo isso só por nome, eu digo isso piamente porque vale a pena acreditar e apostar no interior para construir-mos um Portugal mais harmonioso e menos dual", sublinhou.
Álvaro Santos Pereira falava aos jornalistas no final de uma visita à fábrica de produção de PET da IMG, em Portalegre, iniciativa inserida no âmbito de um ciclo de visitas a empresas de sucesso e em dificuldades promovida pelo Ministério da Economia.
No entanto, o ministro recordou que o Governo "não tem soluções mágicas" para inverter a situação que se vive nas regiões do interior, sustentando que a "chave" para resolver esse problema passa pelo diálogo e trabalho com as populações e empresas dessas regiões desertificadas.
"O Governo não tem soluções mágicas para o interior, nós precisamos de trabalhar com as populações do interior, com as empresas do interior, para tornar-mos o interior mais atractivo para as pessoas que cá vivem e querem cá viver", declarou.
O grupo Control PET -- sociedade participada pelos grupos portugueses Imatosgil e Banco Espírito Santo compraram em Junho a unidade de produção de PET Artenius Portugal, em Portalegre, empresa que era propriedade da espanhola La Seda.
A empresa, desenhada em 1996 para a produção de fibras de poliéster, foi reconvertida para a produção em processo contínuo de polímeros PET, tinha uma produção anual de 70 mil toneladas e estava com a sua actividade industrial paralisada desde finais de 2010.
De acordo com a La Seda, na altura do negócio, o valor da venda foi de 5,6 milhões de euros a pagar entre 2011 e 2015.
in Jornal de Negócios
2 comments:
Há milhares de pessoas desejosas de sair do inferno das cidades. Se houver trabalho e apoio no interior seguramente a percentagem de Novos Povoadores aumentará uns 1000%. Haja vontade.
Pois, mas a publicidade dos "Novos Povoadores" não menciona qualquer incentivo nesse sentido. Existe sim uma assessoria, como se isso bastasse para alguém abdicar de uma vida na cidade, bem definida e minimamente estável em troca de uma aventura no interior onde não há garantias de nada a não ser de uma aventura certa.
Por este exacto motivo e pela ausência de incentivos reais será muito difícil embargar em aventuras destas.
Mas este tipo de iniciativas também é uma forma de emprego, certo? Há que ser criativo..
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