As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas

Friday, July 29, 2011

Ministro da Economia quer "travar" desertificação no interior do país

Álvaro Santos Pereira mostrou-se hoje empenhado em "travar" a desertificação no interior do país e lembrou que é também "uma pessoa do interior".

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mostrou-se hoje empenhado em "travar" a desertificação no interior do país, prometendo que não irá esquecer-se daquela região, uma vez que é também "uma pessoa do interior".

"Eu sou uma pessoa do interior. Uma coisa que eu não farei será esquecer o interior", disse.

"Nós temos uma secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, eu não digo isso só por nome, eu digo isso piamente porque vale a pena acreditar e apostar no interior para construir-mos um Portugal mais harmonioso e menos dual", sublinhou.

Álvaro Santos Pereira falava aos jornalistas no final de uma visita à fábrica de produção de PET da IMG, em Portalegre, iniciativa inserida no âmbito de um ciclo de visitas a empresas de sucesso e em dificuldades promovida pelo Ministério da Economia.

No entanto, o ministro recordou que o Governo "não tem soluções mágicas" para inverter a situação que se vive nas regiões do interior, sustentando que a "chave" para resolver esse problema passa pelo diálogo e trabalho com as populações e empresas dessas regiões desertificadas.

"O Governo não tem soluções mágicas para o interior, nós precisamos de trabalhar com as populações do interior, com as empresas do interior, para tornar-mos o interior mais atractivo para as pessoas que cá vivem e querem cá viver", declarou.

O grupo Control PET -- sociedade participada pelos grupos portugueses Imatosgil e Banco Espírito Santo compraram em Junho a unidade de produção de PET Artenius Portugal, em Portalegre, empresa que era propriedade da espanhola La Seda.

A empresa, desenhada em 1996 para a produção de fibras de poliéster, foi reconvertida para a produção em processo contínuo de polímeros PET, tinha uma produção anual de 70 mil toneladas e estava com a sua actividade industrial paralisada desde finais de 2010.

De acordo com a La Seda, na altura do negócio, o valor da venda foi de 5,6 milhões de euros a pagar entre 2011 e 2015.

in Jornal de Negócios

2 comments:

Anonymous said...

Há milhares de pessoas desejosas de sair do inferno das cidades. Se houver trabalho e apoio no interior seguramente a percentagem de Novos Povoadores aumentará uns 1000%. Haja vontade.

AuGuStUs said...

Pois, mas a publicidade dos "Novos Povoadores" não menciona qualquer incentivo nesse sentido. Existe sim uma assessoria, como se isso bastasse para alguém abdicar de uma vida na cidade, bem definida e minimamente estável em troca de uma aventura no interior onde não há garantias de nada a não ser de uma aventura certa.
Por este exacto motivo e pela ausência de incentivos reais será muito difícil embargar em aventuras destas.
Mas este tipo de iniciativas também é uma forma de emprego, certo? Há que ser criativo..