As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas

Wednesday, April 11, 2018

Valorizar uma região rica em gentes e paisagem!


As oliveiras alinham-se, centenárias, ao lado de uma vinha jovem plantada há 3 anos sob a orientação do enólogo Diogo Lopes e do proprietário José Saramago, português radicado na África do Sul com uma paixão pelo Alentejo.

Foi no Alvito que encontraram o terreno com os ingredientes necessários à história que sonhavam compor: terra, olival, vinha e património arquitetónico.

A vontade de investir em terras portuguesas, uniu-se ao amor por dois dos ícones da produção nacional: a vinha e a oliveira. A isto se juntou um terreno com um passado rico. Nasceu assim a Herdade de Mujadarém, no Alvito.

O projeto assenta em 3 pilares:

1. A produção agrícola, que se subdivide no vinho e no azeite. A parcela engloba 5 ha de olival e 15 ha de vinha onde será construída uma adega de raiz, um projeto arquitetónico contemporâneo integrado na paisagem. O primeiro azeite foi produzido em 2018. A primeira vindima será no ano seguinte e em 2020/2021 começará a comercialização do vinho;
2. A preservação do património arquitetónico, através da recuperação do antigo Convento de São Francisco e da consequente transformando do espaço em ponto de interesse turístico na região do Alvito. O convento vai ter ainda uma mata autóctone, apelidada de “mata dos reis”, que está a ser recuperada de acordo com apontamentos históricos;
3. À produção agrícola e ao património (convento e adega), irá ser acrescentada a vertente do Enoturismo, com a junção dos produtos da terra à reabilitação do Convento em unidade hoteleira.

O percurso nem sempre é o mais simples, mas a vontade de fazer, a possibilidade de investir e a presença eficiente e próxima da estrutura local, favorecem o desenvolvimento deste projeto.

Com um investimento inicial de 4 milhões de euros – valor que será duplicado com a reestruturação hoteleira – a Herdade de Mujadarém já recuperou um olival centenário, plantou uma vinha e criou mais de 15 postos de trabalho. A construção da Adega e a intervenção no Convento como futura unidade de turismo serão as jóias da coroa deste recanto “à beira Alentejo plantado”. O garante de um investimento que irá certamente valorizar uma região rica em gentes e paisagem.

Por Suzanne Rodrigues

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