É sede de um concelho com 321,96 km² de área e 5 104 habitantes (2011).
Em termos económicos, a aposta centra-se na valorização dos seus produtos: cereja, castanha e amêndoa
Assim, são considerados projectos prioritários aqueles que visem a transformação destes frutos.
Na parceria estabelecida com o programa Novos Povoadores, pretende-se instalar empresários e suas famílias neste concelho, disponibilizando boas condições de vida social e económica, características intrínsecas da região da Terra Quente.
História
Actualmente, a Fé de Alfândega está espelhada no rosto de quantos fazem deste concelho um local único para viver e visitar. A Alfândega de hoje é um concelho em desenvolvimento, mas onde o passado espreita em cada canto, esquina ou ruela.
O 1º foral foi-lhe atribuído em 8 de Maio de 1294, por D. Dinis. Documento que, entre outros aspectos, define, os primeiros limites geográficos do concelho.
A 17 de Setembro de 1295, o monarca concede-lhe carta de feira, do mesmo tipo da Covilhã, mas com a particularidade de obrigar que a referida feira se realizasse depois da de Mogadouro e antes da de Mirandela. A carta de feira foi novamente passada por D. João I, a 13 de Janeiro de 1410. Sabe-se que em 1320 D. Dinis mandou reconstruir o castelo, um edifício anterior ao primeiro foral e que provavelmente foi construído pelos mouros. Este castelo acabaria por desaparecer. O recenseamento de 1530 faz referência ao castelo e indica-o como “derrubado e malbaratado”.
O Tombo dos Bens do Concelho (1766) ainda faz alusão aos “antigos muros”. Actualmente a Torre do Relógio, ex-libris da vila, parece ser o que resta do antigo Castelo Medieval.
Em 1385 D. João I obrigou os moradores de Alfândega da Fé a trabalhar na reconstrução dos muros de Torre de Moncorvo, talvez como ”castigo” pelo facto de a vila ter tomado partido por Castela durante a Crise de 1383/1385. Este rei foi também o primeiro a passar por Alfândega da Fé, aquando da sua deslocação a Torre de Moncorvo e Bragança.
Decorria o ano de 1510, quando D. Manuel I concede novo foral a Alfândega da Fé, alterando-lhe os limites geográficos anteriormente estabelecidos, aumentando-lhe a área.
Os dados históricos existentes sobre a localidade e o concelho entre este período e o século XVIII são escassos, sabe-se porem que no século XVI a vila estava despovoada, não possuindo sequer uma centena de fogos, situação que pouco se alterou pelo menos até à primeira metade do século XVIII. Esta situação viria a ser invertida mais tarde, em boa parte pelo incremento da criação do bicho da seda, que no século XIX atingiu as 1,72 toneladas.
A 24 de Outubro de 1855, o concelho foi extinto e as suas freguesias incorporadas em Moncorvo, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro.
Em Janeiro de 1898 foi restaurada como circunscrição administrativa independente.
O concelho mantém hoje os mesmos limites, que vão desde a Serra de Bornes até ao rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao Vale da Vilariça, num total de 314 km2 distribuídos por uma impressionante e surpreendente diversidade paisagística.
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