Associação vai apresentar estudo para tornar possível aumentar a eficiência energética em 2020 através das novas tecnologias
Energia e alterações climáticas são dois temas que vão estar no centro do debate do Congresso da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações que vai decorrer em Lisboa de 11 a 13 de Novembro no Centro de Congressos da Junqueira, em Lisboa.
O evento, intitulado ‘TIC e as Alterações Climáticas’ vai pela primeira vez congregar especialistas e quadros das áreas das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e energia. Em perfeito alinhamento com o tema, o congresso será presidido por Jorge Vasconcelos, ex-presidente da ERSE e actualmente assessor do presidente da Comissão Europeia para a área de energia.
Para Diogo Vasconcelos, recém-eleito presidente da APDC, a escolha deste tema tem particular pertinência no momento em que as TIC são cada vez mais um factor importante para a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). Para dar o exemplo, o dirigente está a desencadear uma mudança substancial na orgânica da associação de forma a torná-la mais “ágil e racional”.
Momento alto do Congresso da APDC será a apresentação do estudo ‘Smart Portugal 2020 - Aumentar a eficiência energética através das TIC’ que tem vindo a ser elaborado pela Boston Consulting Group (BCG) com a colaboração das principais empresas dos dois sectores. “Portugal vai ser o primeiro país do mundo a ter um relatório orientador para atingir o objectivo de redução de 15% das emissões de CO2 através do uso das TIC”, afirma Diogo de Vasconcelos. Uma meta que está em sintonia com o Pacote de Energia e Alterações Climáticas da UE e que transpõe para o plano nacional o estudo ‘Smart2020’ recentemente publicado pela GESI (Global e-Sustainbility Initiative) que, pela primeira vez, procura ilustrar a oportunidade de usar as TIC como factor de redução de 15% das emissões de CO2 em 2020 a nível global.
“Além das vantagens para a sustentabilidade do planeta, a redução de emissões gera grandes oportunidades de negócio que as empresas portuguesas deveriam aproveitar”, sublinha Diogo Vasconcelos. Nesse âmbito, o Congresso da APDC terá uma sessão no primeiro dia com o que se faz de melhor a nível mundial nas áreas de energia, transportes e logística, edifícios e indústria. Depois, haverá três sessões simultâneas sobre a aplicação das TIC no futuro: as «smart grids» (redes de nova geração do sistema eléctrico), a virtualização das redes de transporte (desde o carro eléctrico ao teletrabalho) e as casas e edifícios inteligentes.
Não faltarão também sessões em que se vão debater os incentivos e a regulação das redes de nova geração, o impacto da desmaterialização no estilo de vida e ainda as alterações climáticas e sociais das TIC pós-carbono (nova televisão, web 2.0 e energia Internet).
No último dia, o Congresso da APDC vai debater o papel do consumidor em 2020, as cidades inteligentes e as vantagens e inconvenientes das Redes de Nova Geração. Como é habitual o evento termina com outro prato forte: o ‘Estado da Nação das Comunicações’, com a presença dos principais líderes do sector.
in EXPRESSO, João Ramos
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