O estudo "PME: Equipadas para Competir", realizado pela Oxford Economics, incluiu as PME portuguesas e de mais 20 países a nível mundial e teve como objectivo "compreender como é que as pequenas e médias empresas estão a competir num mercado cada vez mais global e como é que estão a transformar os seus negócios", disse à Lusa Jorge Reto, director comercial da SAP Portugal.
Uma das conclusões do estudo, realizado por inquérito 'online' em abril, é que "as PME portuguesas precisam iniciar rapidamente processos de transformação dos seus negócios", apontou Jorge Reto.
Isto porque, adiantou, "80% das PME nacionais referiram não ter qualquer iniciativa de transformação do negócio a começar, em curso ou concluída recentemente, enquanto dois terços do total das empresas inquiridas afirmam estar em processo de transformação dos seus negócios".
Face a outros países europeus, "Portugal é o país onde as PME estão a apostar menos na mudança dos modelos de negócio, tecnologia, ofertas de produto e estratégias de mercado".
De acordo com Jorge Reto, "apenas 4% das PME nacionais estão com iniciativas de transformação do negócio em curso". Esta percentagem contrasta com países como Espanha e Polónia, onde a taxa é de 22%, França (19%), Itália e Reino Unido (18%) e Alemanha (16%).
Quando a questão é sobre as intenções de desenvolvimento de iniciativas de transformação de negócio significativas, o fosso entre Portugal e os restantes países é maior.
"Em Portugal, apenas 5% das PME dizem estar a planear uma transformação de negócio significativa, enquanto nos outros países europeus esta intenção é claramente superior (54% na Alemanha, 51% em França e Reino Unido, 48% em Itália, 43% em Espanha e 38% na Polónia)", disse.
O inquérito incluiu 21 países a nível mundial, num total de 2.100 empresas divididas igualmente (100 empresas por cada país), onde estão a África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Espanha, EUA, França, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, México, Polónia, Portugal, República Checa, Reino Unido e Rússia.
O inquérito incluiu 21 países a nível mundial, num total de 2.100 empresas divididas igualmente (100 empresas por cada país), onde estão a África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Espanha, EUA, França, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, México, Polónia, Portugal, República Checa, Reino Unido e Rússia.
No caso de Portugal foram inquiridas 100 empresas, sendo que mais de um quarto (26%) é do sector de produtos de consumo, 24% de retalho, 20% dos serviços profissionais, 16% da indústria e 14% do sector grossista.
"Mais de dois terços (67%) dos inquiridos são executivos de topo, sendo 19% directores gerais e 39% directores de informática", adiantou o director comercial da tecnológica SAP Portugal.
"No âmbito do estudo, um factor bastante positivo para as PME portuguesas é que estas vêem na inovação e na tecnologia o caminho para o crescimento, o que poderá vir a dinamizar iniciativas de transformação dos negócios", disse Jorge Reto.
"No âmbito do estudo, um factor bastante positivo para as PME portuguesas é que estas vêem na inovação e na tecnologia o caminho para o crescimento, o que poderá vir a dinamizar iniciativas de transformação dos negócios", disse Jorge Reto.
O responsável sublinhou que 45% das PME portuguesas "apontam como prioridades estratégicas para a transformação do negócio a criação de uma cultura de inovação e de se investir em novas tecnologias, uma vez que acreditam que a tecnologia pode ajudá-las a alcançar a longevidade e o crescimento sustentável, referido por 70% das PME portuguesas".
in Económico
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