Friday, November 27, 2009
População portuguesa estagnada, interior cada vez mais despovoado
O Instituto Nacional de Estatística (INE) conta 195 municípios que perderam população no último ano. Quase todos estes casos ficam no interior do país. Na grande maioria, a perda de pessoas deve-se a resultados negativos na taxa de crescimento natural, ou seja, mais mortes do que nascimentos.
Ao contrário do interior, a maioria dos municípios do litoral viram a população aumentar em 2008 - o litoral alentejano é uma excepção. Pampilhosa da Serra, Gavião e Almeida, são, no Continente, os concelhos que mais pessoas perderam no ano passado. Na lista de concelhos com descidas na população destaca-se, claramente, o interior do país.
No Litoral, Lisboa e Porto são, no entanto, algumas das excepções. A capital terá tido uma descida de 2,05% na população. Com menos 2,61%, o Porto é o sexto concelho do país onde se perderam mais habitantes. Sesimbra, Alcochete e Mafra (na Área Metropolitana de Lisboa) registaram os maiores crescimentos populacionais (acima de 3%). Esses aumentos devem-se sobretudo à taxa de crescimento migratória.
As migrações internas e externas foram aliás as principais responsáveis pelos crescimentos populacionais registados, segundo o INE, em 113 municípios.
A TSF contactou o presidente da câmara que, segundo o INE, mais perdeu população em 2008. O autarca de Pampilhosa da Serra não acredita nos números do INE e contrapõe com a evolução positiva dos eleitores registados.
José Brito diz que foi possível arranjar emprego e fixar a maioria dos jovens no concelho. A existir desertificação no interior do país, ela deve-se, de acordo com o presidente de câmara, à falta de investimento dos sucessivos governos, por exemplo, naquela parte da região Centro.
Contactado pela TSF, o Instituto Nacional de Estatística explica que o cálculo da evolução da população é feito com base no saldo natural (nados vivos menos óbitos) e no saldo migratório estimado (calculado com base em inúmeras fontes).
Os valores são provisórios e podem ser corrigidos no próximo recenseamento, mas o INE explica que o «recurso a estas fontes permite quantificar, de forma precisa, o saldo natural (devido à obrigatoriedade do registo dos nados vivos e óbitos), e analisar tendências que permitem estimar os saldos migratórios anuais».
Taxa de crescimento efectivo da população 2008
Os concelhos que mais pessoas perderam
Pampilhosa da Serra - 3,06%
Gavião - 2,82%
Almeida - 2,78% Os concelhos que mais pessoas ganharam
Sesimbra + 4,16%
Alcochete + 3,80
Mafra + 3,09
in tsf.pt, Nuno Guedes
Friday, November 13, 2009
Sustentabilidade na primeira pessoa
Porque continuamos a insistir no aumento da produção (mesmo que "verde") em vez de reduzirmos o consumo? Não começará a real sustentabilidade neste último?
Não será a sustentabilidade mais rapidamente alcançada se actuarmos nas nossas práticas de consumo tanto quanto investimos em “produtos verdes”ou “energias limpas”? read more
Sustentabilidade na primeira pessoa
Com a realização da Conferencia Climática de Copenhaga, de 7 a 18 de Dezembro a questão da sustentabilidade ambiental está muito presente nos discursos em geral.
É certo que problemas de dimensão global – como as alterações climáticas ou a falta de água – necessitam de um compromisso prático global e por isso, necessariamente, do empenho dos agentes e lideres políticos e económicos mundiais.
Mas exige igualmente uma acção e pressão quotidianas de cada um – individualmente ou em grupo.
Desde a escolha dos produtos, à redução do desperdício, passando pela racionalização do consumo, tudo isso pode ter um impacto tão significativo na diminuição da pegada ecológica humana quanto eventuais politicas exercidas de cima.
Lado a lado devem seguir medidas que solucionem problemas que já enfrentamos e o reconsiderar das nossas práticas de consumo.
São muitos os produtos produzidos e adquiridos que vão para o lixo sem muitas vezes terem sequer exercido a acção para que foram criados. Exigimos à terra recursos para os produzir e depois esperamos o seu desaparecimento, dispensando os seus efeitos incómodos (lixeiras, poluição atmosférica e da água, ...)
Porque continuamos a insistir no aumento da produção (mesmo que "verde") em vez de reduzirmos o consumo? Não começará a real sustentabilidade neste último?
Não será a sustentabilidade mais rapidamente alcançada se actuarmos nas nossas práticas de consumo tanto quanto investimos em “produtos verdes”ou “energias limpas”?
Algumas propostas de práticas...
Adquirir apenas os produtos que realmente necessitamos
Consumir produtos de proximidade local – evita gastos inerentes ao transporte
Consumir cada produto até à última gota – cremes, detergentes, shampoo, comida, ...
Adquirir apenas a comida que consumimos
Evitar ter vários aparelhos que se sobrepõem ligados ao mesmo tempo – televisão, computador, aparelhagem
Optar por equipamentos eléctricos eficientes
Prolongar o tempo de utilização de roupas, equipamentos, móveis
Não deixar os equipamentos em stand by
Utilizar lâmpadas economizadoras
Retirar os carregadores das fichas depois de carregados os equipamentos
Desligar luzes e equipamentos nas divisões que não estão a ser utilizadas
Tomar duche em vez de banho de imersão
Utilizar redutores de caudal de água
Usar a carga máxima nas máquinas de lavar loiça e roupa
Aproveitar a água do duche enquanto se espera que fique quente
Utilizar a água de lavar os legumes para regar plantas
Regular o aquecimento para 20ºc e desligar em períodos de ausência e durante a noite
Adquirir os produtos com menos embalagens
...
Para os curiosos: http://sustentabilidade.usabilidade.org/