As "cidades do futuro" pretendem ser verdes, sustentáveis, inteligentes e low cost. Isto já existe. Chama-se "Campo". Frederico Lucas
Thursday, September 18, 2025
Portugal precisa de um critério de mérito no alojamento local
Segundo o New York Times, em Espanha existem 66 mil alojamentos turísticos ilegais. A resposta das autoridades foi clara: encerrar quem não cumpre condições para operar.
Em Portugal, milhares de imóveis devolutos foram recuperados e transformados em alojamento turístico, especialmente nas regiões que mais cresceram demograficamente. Quando o anterior governo tentou intervir no sector, fê-lo de forma pouco eficaz: bloqueou a emissão de novas licenças em determinados concelhos, criando um critério cronológico – quem já estava, ficou; quem chegava, ficava de fora.
Mas o turismo é demasiado estratégico para o país para depender de atalhos administrativos. É essencial em todas as regiões, gera emprego, fixa população e sustenta economias locais. Impedir novas iniciativas apenas porque chegam “fora de tempo” não melhora o sector nem protege os residentes.
O que faz sentido é um critério meritocrático: deixar operar quem cumpre regras de qualidade, segurança e sustentabilidade. Portugal está a crescer em turismo e em população. Hoje, mais do que nunca, temos a oportunidade de elevar o padrão do nosso alojamento turístico. Os senhorios não ficam sem alternativa – pelo contrário, têm cada vez mais formas de rentabilizar os seus ativos.
É tempo de trocar a lógica de “quem chegou primeiro” pela lógica de “quem faz melhor”.
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